Materiais:
Enviada em: 05/10/2018

A expansão da tecnologia e a informatização da sociedade tornaram a interação do homem com os recursos tecnológicos cada vez mais necessária. Contudo, esse avanço tecnológico proporcionou a exclusão de grupos que não estão integrados no mundo digital, como é o caso da terceira idade. Dessa forma, sabe-se que a marginalização dessa classe e a falta de instrução técnica influenciam na problemática em questão.      É importante pontuar, de início, que durante muitos anos a população idosa viveu à margem da sociedade. Isso acontece porque além de possuírem uma renda mais baixa, têm uma resistência às novas tecnologias e enfrentam dificuldades no dia a dia para manusearem aparelhos eletrônicos, como o celular e o computador. Tal preconceito é nítido principalmente após a aposentadoria, devido à condição de não produtivos ou de "inativos". Desse modo, os atores dessa classe são considerados incapazes de ingressarem nos mecanismos tecnológicos.        Ademais, a falta de profissionais capacitados agrava a situação. Isso ocorre pois os idosos, em sua maioria, demonstram receio em relação aos aparelhos tecnológicos. Além disso, é comum o medo de vírus, de estragar e/ou quebrar o aparelho, de errar e das consequências do suposto erro. Por esse motivo, é necessária uma metodologia diferente da comumente usada para adultos, visto que os idosos tem dificuldade em memorizar o passo a passo para acessar os softwares e aplicativos. Ao contornar esse entrave, o conhecimento de vida e a interação digital dos idosos podem contribuir tanto para a troca de informações no mundo cibernético, como também para a redução de doenças mentais decorrentes da solidão dessa fase da vida.       Torna-se necessária, portanto, a adoção de medidas que visem mitigar esse celeuma. Para tanto, cabe ao Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Social, a promoção de cursos de capacitação com profissionais qualificados para ensinar idosos acerca da utilização das tecnologias, a fim de desmistificar os aparelhos tecnológicos e possibilitar uma maior integração social dessa classe. Outrossim, cabe ao Ministério da Educação, através das secretarias locais, realizar palestras nas escolas e debates públicos sobre a valorização do idoso e dos mecanismos necessários para a sua qualidade de vida no mundo globalizado, com o fito de formar cidadãos conscientes e garantir inclusão social e digital da terceira idade.