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Enviada em: 10/10/2018

Historicamente, o progresso tecnológico do século XXI tem ampliado os meios de informação e comunicação e, paralelamente, tem acentuado a necessidade de navegabilidade nas redes. Nesse parâmetro, na contemporaneidade, devido ao aumento da expectativa de vida populacional, cresce o número de idosos e consequentemente, sua segregação digital. Nessa perspectiva, tanto a negligência governamental quanto a discriminação social corroboram os desafios vigentes.        A princípio, vale ressaltar que para Aristóteles, a política deve ser utilizada por meio da justiça, de modo a alcançar o equilíbrio, entretanto, a equânime apropriação digital da terceira idade ainda impõe limites e condicionantes. Nesse ínterim, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), a população global de pessoas com mais de 60 anos alcançará cerca de 25% em 2050 e, no Brasil, pouco mais de cinco milhões de idosos estão conectados à internet. Dessa forma, pressupõe-se a inércia das autoridades com os mais velhos, em propor aprendizado e inclusão frente aos avanços tecnológicos e as necessidades de cada um.    Outrossim, a análise da fala de Nelson Mandela, de que a arma mais poderosa para mudar o mundo consiste na educação, é uma prerrogativa para a redução do fosso digital imposto aos idosos. Nesse viés, o pouco investimento em ensino tecnológico para o público senil induz a discriminação e a marginalização. Além disso, o preconceito agrega-se a sua reduzida capacidade cognitiva e ao fim de suas atividades laborais.        Diante do que foi supracitado, urge que o Poder Público Federal, aliado às esferas estaduais e municipais amplie e democratize o conhecimento, mediante o incremento na qualidade das políticas educacionais, acopladas a projetos sociais, cursos e publicidade, no intuito interligar as pessoas de mais idade com o mundo. Concomitantemente, as instituições de ensino e as empresas privadas podem fomentar o interesse dos idosos, através de programas de inclusão e aquisição tecnológica, a fim de dirimir o isolamento virtual e os desafios impostos pela inovação digital.