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Enviada em: 20/10/2018

O Brasil é um país subdesenvolvido, o qual, devido às melhorias na saúde e saneamento básico, apresenta uma população com a uma expectativa de vida ascendente. No entanto, tal fato não reflete a adequação da sociedade à nova pirâmide etária, de maneira que os idosos vêm enfrentando empecilhos para se integrar na sociedade hodierna, principalmente quando se refere à tecnologia, seja pela falha atuação do estado, seja pela resistência de uma parte do público abordado.       Primeiramente, é válido apontar que uma das causas primárias do cenário apresentado é a ineficiência do Estado em relação à inserção da tecnologia ao cotidiano da população de terceira idade. A Carta Magna brasileira garante direitos iguais a todos os cidadãos. No entanto, grande parte das gerações mais velhas não usufruem totalmente da isonomia. Tendo em vista que, atualmente, os artefatos tecnológicos estão intrinsecamente ligados a várias tarefas diárias, é visível que muitos idosos ainda enfrentam dificuldades de interagir com essas ferramentas, devido à carência de instruções, de modo que esses indivíduos ficam exclusos da sociedade.       Ademais, outro aspecto agravante do quadro exposto é a rejeição que grande fatia dos indivíduos de alta faixa etária tem aos aparelhos eletrônicos. De acordo com o cientista Albert Einstein, "É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito difundido". Sob essa perspectiva, uma boa fração do público em questão apresenta repulsa às tecnologias atuais, visto que as pessoas mostram uma natural desconfiança acerca das mudanças e novas ferramentas; ponto esse que contribui para a segregação supracitada. Como prova disso, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) exibiram que a taxa de idosos que acessam a internet não chega a 20%.       Portanto, a difícil habituação da população idosa ao acesso às tecnologias digitais configuram um impasse a ser superado. Para isso, o Governo Federal, no papel do Ministério da Educação, deve, por meio da promoção de oficinas nas escolas, ministradas por jovens alunos, instruir os cidadãos de terceira idade, de modo que eles possam desenvolver as habilidades necessárias para usufruir bem dos meios digitais hodiernos, como a internet; pois, como disse o filósofo Platão, "o importante não é viver, e sim viver bem".