Materiais:
Enviada em: 19/10/2018

Com a ascensão da Terceira Revolução Industrial, inúmeras inovações eclodiram no mundo globalizado, dentre elas a internet. Os jovens do século XXI desenvolvem suas habilidades digitais de forma surpreendentemente veloz, entretanto, os idosos que vivenciam essa geração veem certos empecilhos para o manuseio dos equipamentos e integração à rede. Desse modo, cabe analisar as dificuldades encontradas pela terceira idade no âmbito tecnológico e a marginalização ocorrida por aqueles que negligenciam o processo de aprendizagem digital, além de possíveis soluções para esse impasse.   Vale apontar, a princípio, que os idosos ao terem contato com as ferramentas digitais, se sentem confusos diante da infinidade de opções para executar uma ação. Seja pelo tamanho da fonte ou a interface do dispositivo, é indubitável que toda essa tecnologia cause estranhamento para os indivíduos da melhor idade. Segundo o filósofo Aristóteles, deve-se tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade. Nessa óptica, os idosos necessitam de uma maior atenção nesse processo de educação digital, com explicações interativas e pausadas - repetitivas, se necessário - para que o processo de inclusão se torne interessante e eficaz.   Além disso, é importante ressaltar sobre a exclusão perante a sociedade que circundam os idosos que negligenciam a atualização do conhecimento tecnológico. Diante da nova era digital, o comportamento dos cidadãos sofreu alterações, como a interação pelas redes sociais e o uso de canais de entretenimento, como plataformas de vídeos e filmes. Com o adventos dessas funcionalidades, o idoso sem conhecimento do manuseio dos equipamentos, por consequência, se vê isolado da sociedade contemporânea. O escritor irlandês George Shaw afirmou que o progresso é impossível sem mudança, aqueles que não conseguem mudar suas mentes não conseguem mudar nada. Analogamente, é preciso haver iniciativa por parte da terceira idade para se integrarem aos meios digitais, com o propósito de usufruir dos benefícios da mudança comportamental e evitar a sua marginalização.   Torna-se evidente, portanto, que há desafios a serem superados para a inclusão digital dos idosos. A fim de minimizar tal problemática, o Ministério da Educação deve oferecer cursos gratuitos de informática direcionado ao público supracitado, com profissionais capacitados e didática funcional. Ademais, a mídia por meio de campanhas publicitárias pela TV e rádio, devem divulgar a existência do curso e solicitar aos interessados a presença nas prefeituras locais para maiores informações sobre horários e metodologias, tornando assim os idosos conectados e capacitados no mundo digital e cumprindo com a transformação proposta por Shaw.