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Enviada em: 23/10/2018

Na sua velhice, Einstein disse que a modernidade é marcada por "Meios cada vez mais precisos para fins cada vez mais vagos." Essa frase parece fazer alusão aos desafios para a inclusão digital dos idosos, visto que eles têm dificuldades em utilizar as novas tecnologias, e o preconceito a esse setor só engrandece elas.    Nesse sentido, a discriminação sofrida pela terceira idade contribui para a sua não inclusão integral nas tecnologias digitais. Segundo Bauman, a modernidade líquida é marcada pelo individualismo. Ele se reflete nos casos de agressão e descasos aos idosos frequentemente divulgados pela mídia. Assim, sem espaço em uma sociedade tão hostil aos idosos, fica difícil a sua inserção nela, especialmente por intermédio das novas ferramentas digitais.    Ademais, as dificuldades que esse setor social tem ao manusear aparelhos digitais são um fator relevante nessa problemática. Os smartphones e computadores não têm uma linguagem e funcionamento muito acessivo aos idosos, visto que eles possuem algumas limitações como a visão, já desgastada. Assim, em meio à Era Digital, em que muitas atividades são executadas nessa tecnologia, a terceira idade está marginalizada, não podendo exercer seu direito à cidadania assegurado pela Constituição de 1988.    Dessa forma, é evidente que medidas devem ser adotadas para que os idosos possam inserir-se na sociedade moderna. Logo, o MEC deve fornecer cursos gratuitos direcionados exclusivamente à terceira idade, em vista a instruí-la a manusear e utilizar computadores e smartphones , por exemplo. Eles devem ser divulgados pelas rádios locais e canais de televisão públicos. Também, ONGs direcionadas às relações sociais devem organizar eventos com atividades lúdicas e atrativas à população, com o objetivo de conscientizá-la a respeito da importância de respeitar os idosos a fim de incluí-los na sociedade. Só então os fins não serão tão vagos para Einstein e os idosos.