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Enviada em: 31/10/2018

Apartheid Digital       Na última década, por conta da queda na taxa de natalidade e aumento da expectativa de vida,o topo da pirâmide demográfica brasileira alargou-se consideravelmente. Analogamente, o desenvolvimento de tecnologias cresce exponencialmente. Posto isso, a terceira idade encontra desafios para adaptar-se à informática, sobretudo, pois é novidade para eles. Com efeito, para minimizar a segregação digital dos idosos, precisa-se de educação tecnológica, e, maior empatia da sociedade.       Em primeiro plano,vale destacar que os mais velhos não cresceram na era da "web", sendo assim, nunca foram educados a manipular tecnologias. Segundo o filósofo Kant, "o homem é aquilo que a educação faz dele", ou seja, neste caso, os idosos, em sua maioria, nunca foram instruídos a como navegar na Internet, porque estas não existiam em suas juventudes. Por conseguinte, esse fator desencadeia o isolamento do idoso na sociedade, já que, na contemporaneidade, a Internet move o mundo. Portanto, seria necessária a criação de espaços educacionais voltados ao ensino digital para a terceira idade.       Concomitantemente, é fundamental salientar que falta paciência por parte dos jovens para instruir os idosos a usar tecnologias. De acordo com Aristóteles, "devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que se desigualam". Nesse contexto, os nascidos na era da informática deveriam compreender que os mais velhos nasceram em épocas distintas, então, é naturalmente mais difícil aprenderem algo novo. Sob essa ótica, a população juvenil deveria ser mais empática quanto auxiliar os idosos a sair da margem da exclusão digital.        Logo, para ajudar a terceira idade a integrar-se na era digital, cabe à escola aprimorar suas práticas pedagógicas socioemocionais, por meio de aulas teatrais previstas na Base Nacional Comum Curricular, que valorizem os conceitos de: empatia, diversidade, e, ações solidarias para apoiar os mais velhos em casos de dificuldade com a Internet. Estas medidas têm como intuito minimizar a segregação digital sofrida pelo idoso. Dessa forma, a expansão do topo da piramide demográfica seria diretamente proporcional ao acesso à informática por parte destes.