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Enviada em: 20/11/2018

Promulgada pela Organização das Nações Unidas em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. No entanto, uma parcela da população não pode usufruir desses benefícios, devido aos desafios da inclusão digital na terceira idade, os quais estão relacionados à cultura do mundo globalizado e ao processo de aprendizado.       No mundo globalizado, a exclusão digital é um problema sério. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, “na era da informação, a invisibilidade equivale à morte”, tendo isso em vista os idosos buscam aprender como utilizar os aparatos tecnológicos. Todavia, seus filhos e netos, envolvidos por essa cultura globalizada, quase nunca têm tempo para ensinar ou mesmo repetir as instruções dadas. Isso acaba gerando um trauma por parte dos mais velhos em relação ao uso das tecnologias.     O problema, porém, não se resume a isso, porque o processo de aprendizagem tem sido outro o obstáculo à inclusão digital. A diferença no tempo de assimilação e aprendizado – ao contrário dos jovens – é um problema que impede a prática da cidadania, pois a Constituição garante o direito à saúde, ao trabalho digno e à informação, algo crucial no mundo globalizado. Essa faixa etária está ficando à margem da informação e das oportunidades de trabalho, isso é inaceitável, dado que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2050 um quarto da população será formada por indivíduos da terceira idade.      Torna-se evidente, portanto, a problemática relacionada à exclusão digital dos mais velhos. Dessa forma, o Ministério da Educação, com o apoio das ONGs, deve criar projetos voltados para a inclusão digital. Firmando, assim, parcerias com grandes empresas do setor de informática – a fim de que elas doem equipamentos antigos que estejam em bom estado para que o projeto se torne gratuito ou bem mais acessível a população. Ademais, é preciso envolver pedagogos nos cursos de inclusão digital – com a finalidade superar as dificuldades de aprendizagem. Visando, desse modo, acabar com o trauma e dirimir a exclusão digital existente.