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Enviada em: 21/07/2019

Hodiernamente, observa-se, no cenário brasileiro, um grande contingente de idosos. Isso se deve, sobretudo, à Reforma Sanitária, ocorrida em meados da década de 70, que disponibilizou aos indivíduos programas de saúde e melhorias médicas que, por conseguinte, influenciaram a pirâmide etária, elevando a expectativa de vida. Conquanto, frequentemente, é visto diversos desafios que impedem a adaptação dessa parcela populacional, que tende à crescer em largas proporções, aos novos inventos provenientes do contemporâneo século XXI e da Era Digital. Dessa forma, faz-se mister a solução desse impasse, a fim de que se alcance uma sociedade que, em sua totalidade, esteja integrada e beneficiada pelos recursos digitais.   A princípio, de acordo com os dados disponibilizados pelo jornal G1, a porcentagem que representa o número de brasileiros, com 60 anos ou mais, que utilizam a internet é de 19%, revelando a precária inclusão da terceira idade nesse contexto. Inquestionavelmente, esse fato ocorre haja vista o despreparo desse grupo frente aos novos recursos digitais, os quais surgiram subitamente na sociedade,  e ao ineficiente envolvimento do sistema que deveria auxiliar a inclusão desse grupo no âmbito virtual. Dessa forma, surge uma grande problemática de caráter social sobre esses indivíduos, os quais não possuem o protagonismo que o vigente século preconiza.    Assim sendo, destaca-se  e questiona-se a precária validação do Estatuto do Idoso, artifício de suma importância, e sua atuação nessa problemática. Sabe-se que um dos pontos relevantes que o compõe é a preocupação com a interação do idoso com a vida moderna, com ênfase na necessidade de interação com os aparatos tecnológicos, para que este público tenha mais autonomia ao executar tarefas cotidianas. Todavia, o que é exposto na teoria não ocorre na prática, tornando a inclusão dos idosos um grande desafio a ser debatido e resolvido. Segundo Czaja e Lee, “Não ter acesso e não ser capaz de usar a tecnologia cada vez mais colocará os idosos em desvantagem em termos de sua capacidade de viver e funcionar independentemente”, ressaltando o grande impacto desse fato.  Dessarte, medidas devem ser tomadas pelo Governo para que a terceira idade alcance a inclusão digital no Brasil. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), deve investir em cursos básicos de informática e tecnologia para os idosos, com a finalidade de instruí-los e adaptá-los aos recursos digitais. Ademais, necessita-se que a Mídia, devido ao seu prestígio social, invista na conscientização da população acerca da importância de auxiliar os idosos na compreensão e adesão às ferramentas digitais, para que obtenham maior incentivo na aprendizagem. Assim, a terceira idade conquista benefícios provenientes da Era Digital e a integração total da sociedade será alcançada.