Enviada em: 09/04/2019

Aprimorada com o advento da Terceira Revolução Industrial, é inegável que a informática, e suas tecnologias, tenha facilitado diversas atividades cotidianas e estimulado a interação à distância entre os indivíduos. Contudo, quanto mais tecnológico se tornou o "mundo digital", menos foram incluídos os integrantes da terceira idade. Dentre os fatores causadores dessa problemáticas, estão: a dificuldade no acesso a informações básicas e a ausência de incentivo familiar à integração com novas tecnologias.  A precariedade de alternativas acessíveis à educação digital é uma barreira na familiarização dos idosos com as tecnologias mais recentes, uma vez que se torna quase impraticável a utilização básica de seus recursos sem um contato didático prévio.Segundo o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Nesse sentido, a educação adquire papel fundamental no processo de inclusão.   Ainda sob essa perspectiva, o pouco incentivo das famílias à busca por conhecimento gera, no indivíduo, acomodação e aversão a esse universo tecnológico. De acordo com o conceito Naturalista de "Determinismo Social", o indivíduo é influenciado pelo meio onde vive. Dessa maneira, é intuitivo compreender que, em um ambiente onde não há estímulos à busca por saber, não há de haver grandes esforços, por parte do indivíduo, à tentativa de interação digital.    Diante do exposto, são inquestionáveis os papéis fundamentais exercidos pela educação e família, no processo de integração social da terceira idade. Portanto, é dever do Estado a disponibilização acessível e gratuita de cursos básicos, voltados didaticamente aos idosos, na área da informática. Quanto à família, cabe estimular o acesso digital desses indivíduos, por meio de atividades que levem a pesquisas na internet e ao uso das funcionalidades básicas dos aparelhos disponíveis. Apenas desse modo, as funcionalidades trazidas com a Terceira Revolução Industrial poderão ser desfrutadas por pessoas de todas as idades.