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Enviada em: 13/08/2019

Uma das características da globalização é o enorme fluxo de informações que circula todo o tempo. Tal processo é inerente ao cotidiano do cidadão pós-moderno, o qual é integrante da ''geração y''. Conquanto, gerações mais antigas mostram dificuldades ao imergirem neste mundo, causando sentimento de exclusão por parte da sociedade e do mundo. Essa situação gira em torno da tecnologia e das influências que esta exerce sobre as relações interpessoais. Nesse contexto, a inclusão digital da terceira idade deverá ser estabelecida para que uma sociedade integrada seja alcançada.       Em primeiro estudo, torna-se relevante uma análise das perspectivas futurísticas sobre o aumento da expectativa de vida, bem como o bem estar deste grupo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2050, 25% da população mundial terá mais de 60 anos. Quando um órgão governamental faz uma projeção como essa, as políticas públicas pensadas certamente serão voltadas para a previdência ou até mesmo a área que lucrará com esta conjectura, como a geriatria. Todavia, é negligenciada a inserção de idosos ao estilo de vida moderno, uma vez que o ideário de que os mais velhos não tem espaço em um mundo conectado é muito comum. Desse modo, além de medidas governamentais que alcancem sem distinção todas as esferas da sociedade, as famílias perpetuam este preconceito, não permitindo que esta possibilidade seja real na vida dos membros mais velhos.      Outrossim, a comunicação na internet é altamente exclusiva, haja vista o predomínio de crianças e adolescentes. Sob esse viés, o conteúdo lançado nas mídias sociais é predominantemente composto por gírias e estrangeirismos, o que dificulta uma participação isonômica de todas as faixa etárias. Este procedimento, desestimula o idoso a perseverar no aprendizado digital, uma vez que sente-se incapaz de absorver toda aquela quantidade de informações. Ademais, o analfabetismo digital, além de segregar, também pode deturpar as opiniões sobre determinados assuntos, por exemplo, o compartilhamento de notícias falsas. Decerto, não houve a elaboração de um censo crítico mais aguçado que pudesse auxiliar o indivíduo a julgar a veracidade do conteúdo.      Entende-se, portanto, que ações incisivas entre Governo, família e mídia são necessárias para a reversão desse quadro. Para tanto, o MEC, com o objetivo de tornar mais dinâmico o exercício da cidadania, poderá aplicar palestras direcionadas para idosos e suas famílias, ministradas por profissionais que expliquem a importância da tecnologia na pós-modernidade. Tal medida poderá ser efetivada em espaços públicos, como escolas, no contraturno. Ademais, a mídia em parceria com órgãos públicos poderá lançar cartilhas lúdicas que instruam os mais velhos a interagir no ambiente virtual e também mostrem dicas de sites e conteúdos específicos para os mais velhos.