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Enviada em: 23/07/2019

Adesão tecnológica    Iniciada em meados do século XX, a Terceira Revolução Industrial trouxe ao mundo, entre outros aspectos, a internet, que tinha como principal objetivo a unificação do contato de povos. Algumas décadas depois, entretanto, e os artifícios associados à rede mundial de computadores ainda não são utilizados por muitos grupos sociais, na qual se encontram, sobretudo, grande parte da população idosa. Dessa maneira, deve-se analisar os fatores que ocasionam essa problemática para que seja possível contorná-la.     A priori, há de se destacar a escassez de iniciativas, especialmente no cenário tecnológico, por parte do Governo nacional, mediante o aumento significativo de idosos, o que se reflete na falta de infraestrutura voltada para a educação digital da população pertencente à terceira idade – que já é a quinta maior do mundo, segundo dados do Ministério da Saúde. Destarte, há uma grande tendência ao aumento da exclusão digital e também sociocultural dos idosos, uma vez que esses indivíduos não são efetivamente aderidos às inovações tecnológicas em curso.     Outrossim, é necessário frisar que, embora tenha ocorrido um aumento nas taxas da população idosa conectada às redes digitais nos últimos anos – cerca de 6%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, esse aumento não deve ser considerado ordenado. Tal assertiva pode ser justificada pelo fato da acessibilidade existente em aparelhos digitais, sobretudo smartphones, ser extremamente pouco adaptada para as necessidades cognitivas relativas à terceira idade.      Deste modo, a solução para a exclusão digital de idosos deve passar, primeiramente, pela ação do Ministério do Desenvolvimento Social em realizar, por meio de parcerias com instituições educativas, a oferta de cursos grátis voltados para o ensino informatizado da terceira idade, para que seja possível a inclusão desses indivíduos ao mundo digital. Além disso, é válida a iniciativa de empresas tecnológicas, a partir de incentivos fiscais do Governo, em desenvolver versões de sistemas operacionais alternativos e específicos para o público com menos desenvoltura tecnológica, de modo a viabilizar a consolidação participativa desse público na era moderna e, de quebra, efetivar os valores revolucionários inicialmente visados.