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Enviada em: 23/08/2019

O desenvolvimento tecnológico promovido expressivamente durante o período da Segunda Guerra Mundial, com o lançamento de computadores para fins informativos e comunicativos, é, atualmente, o que rege o mundo globalizado. Dentro desse contexto, se por um lado os jovens conseguem se adaptar com facilidade às constantes mudanças do cenário virtual, por outro, a inclusão da população idosa no ambiente virtual se tornou um desafio. Com isso, dois fatores devem ser considerados como causas centrais dessa questão: ausência de conscientização da sociedade e carência de atuação do Estado.      Sob esse viés, mostra-se visível que, assim como, a falta de conhecimento gera no povo brasileiro uma perspectiva de inércia em relação a inserção digital de cidadãos da terceira idade, o papel da família e parentes próximos ao idoso é essencial para reverter essa situação. Isto é, a inclusão dessas pessoas, devido a falta de informação, no mundo virtual ainda não é vista com o devido valor, malgrado estudos realizados pela FMRP-USP, como o Pidi (Projeto de Inclusão Digital do Idoso), revelem que o uso de aparelhos digitais por indivíduos no período da velhice, além de trazer benefícios ao cérebro, auxilia no tratamento de doenças como a depressão. Além disso,ressalta-se o poder e dever dos familiares em iniciar o contato desses indivíduos com a internet por se tratar de um ambiente arriscado para quem não possui tanta intimidade, já que nele circula um grande número de dados pessoais.        Ainda nesse contexto, embora, consoante dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 2016, mais de 14,9% dos indivíduos com idade acima de 50 anos acessem a internet, a carência de atuação governamental é um empecilho para a elevação desse índice. Ou seja, em uma era na qual, conforme o empresário americano Steve Jobs, a tecnologia move o mundo, a falta de investimentos em projetos que, tal como o Pidi, visem instruir ao idoso noções básicas acerca do uso de aparelhos digitais traz prejuízos a esses indivíduos, porquanto gera exclusão tanto social quanto econômica. Assim, é evidente que não só a  família como o Estado são indispensáveis para promover a inclusão digital do idoso.     Diante disso, bem como disserta o existencialismo, corrente filosófica do século XXI, é necessário a agir em união para reverter esse panorama. Dessa forma, com o fito de promover a inclusão digital da terceira idade, é necessário que o Estado, por meio do financiamento de projetos universitários que objetivem o ensino de tecnologia ao idoso, institua ações gratuitas nas universidades, como cursos palestrados pelos próprios alunos e voltados aos idosos de maneira a instrui-los como usar aparelhos digitais e a internet, para com o apoio da família proporcionar a esses cidadão a inserção no novo modo de comunicação trazido pelas inovações com a Segunda Grande Guerra.