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Enviada em: 15/08/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride no momento em que um se mobiliza com o problema do outro, entretanto, quando se observa os desafios para garantir a vacinação dos brasileiros, verifica-se que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática. Desse modo, é imprescindível análise do compartilhamento de falsas notícias e do descaso de famílias perante a esse panorama, a fim de buscar melhores perspectivas para o bem comum.         Sob esse viés, os desenvolvedores da internet e do Facebook,Tim Berners-Lee e Mark Zuckerberg, jamais poderiam imaginar que o compartilhamento de notícias falsas seria um dos maiores desafios para garantir a vacinação dos brasileiros. A Organização Pan-Americana da Saúde alerta que informações inverídicas têm desencorajado muitas pessoas a se vacinarem e, consequentemente, contribuído para a diminuição da taxa de imunização do país. Nesse sentido, com inércia desse panorama na sociedade, é indubitável que doenças erradicadas voltem a afetar a saúde pública e, como reflexo, o bem-estar  e a qualidade de vida da população.        Além disso, a inépcia de algumas famílias diante da necessidade imperativa da vacinação é uma realidade que interfere demasiadamente na garantia da imunização dos brasileiros. Isto é, além do receio à vacina que as falsas notícias geram, a falta de busca por informação, o descaso para com os filhos nesse aspecto e a carência de prioridade no que tange à saúde, são fatores que revelam a falta de responsabilidade de muitas famílias. Assim, percebe-se que não basta o governo garantir a saúde, presente no artigo 6º da Constituição Federal, sem ao menos os cidadãos usufruírem de modo pleno desse direito fundamental e imprescindível para a sociedade e saúde pública.         Já dizia Thomas Hobbes, portanto, que é necessário que o Estado exerça poder para coibir os males na sociedade. Logo, cabe ao Poder Executivo, em convênio com empresas de redes sociais, desenvolverem um algoritmo de verificação de notícias, com a finalidade  de interromper o compartilhamento quando ela não tiver veracidade. Dessa maneira, contribui-se para a saúde pública no que se diz a respeito à informação sobre a vacina. Ademais, é necessário o Ministério da Saúde, junto às ONGs, a conscientização das famílias sobre a importância da imunização, por meio de propagandas, imagens e vídeos nas mídias e redes sociais, além de palestras nos colégios e em locais de passagem, como praças e shoppings. Realizadas essas medidas, melhores perspectivas surgirão para o bem comum da sociedade brasileira.