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Enviada em: 27/10/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, garante a todos os indivíduos o direito a saúde e bem-estar social, defendendo a manutenção do respeito entre os povos de uma mesma nação. De maneira análoga, Albert Einstein idealizava uma política democrática, na qual, todo homem deveria ser respeitado como indivíduo e nenhum deveria ser venerado. No entanto, é notório que parte da população canarinha, é impossibilitada de exercer esse direito na prática, tendo em vista a falta de empatia da população e a inoperância de políticas públicas, agravantes da queda da vacinação no país.   A princípio, em 1904, o Rio de Janeiro - RJ se encontrava em estado de calamidade, sem saneamento básico e devido ao aglomerado de pessoas, diversas epidemias se espalhavam, sendo a principal a varíola. Como medida paliativa, o governo tornou a vacinação obrigatória. Entretanto, grande parcela da população não compreendia os benefícios das vacinas, o que gerou revolta entre os habitantes. Nesse ínterim, atualmente, a imunização continua a ser a principal ferramenta de prevenção e combate de doenças. Entretanto, os atuais movimentos antivacinação, que se espalham sem nenhuma base científica, comprometem o bem-estar da população. Por conseguinte, o ato de não vacinar deixa de ser uma decisão pessoal e pode ser considerado um ato de responsabilidade coletiva, já que compromete o bem-estar dos cidadãos. Nesse sentido, a máxima do escritor brasileiro Paulo Leminski de que “em mim eu vejo o outro” relata o oposto do Brasil hodierno.   Ademais, é inegável que a insuficiência de estratégias estatais contribui com o problema. Visto que, a política nacional  que garante a população o progresso em direitos sociais e econômicos não tem sido o suficiente, já que, o desabastecimento de vacinas essenciais nos postos de saúde e a falta de recursos municipais para a gestão de programas de vacinação, influenciam a queda no número de imunizações no país. Somado a isso, o problema é agravado pelo sucateamento do SUS, bem como desvios, má gestão e centralização de recursos. A título de exemplo, o levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina alertou que 8% das unidades básicas de saúde (UBS) estavam sem vacinas e, em 5%, o acondicionamento era feito de forma inadequada, o que corrobora o descaso com a saúde.  Somando-se aos aspectos supracitados, faz-se necessário que o Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias de Saúde dos municípios, façam uma análise das cidades do país que possuem os menores índices de vacinação e intensifique campanhas preventivas nesses locais. Para isso, deverá distribuir cartazes em locais públicos dos municípios (escolas, UBS, hospitais, etc.) que respondam as dúvidas da população e mostrem os benefícios proporcionados pela vacinação, a fim de alcançar a empatia dos cidadãos. Sendo assim, a população ao seguir a premissa de Leminski atenuará o problema.   Sendo assim, a população ao seguir a premissa de Leminski e se colocar no lugar do outro, com mais empatia, atenuaria o problema.