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Enviada em: 01/10/2018

A obra naturalista "O Cortiço", de Aluízio de Azevedo, narra as péssimas condições sanitárias vividas pelos moradores da capital brasileira no início da República Velha. Esse livro esclarece o pretexto da difusão de doenças e a necessidade de um combate eficiente. No entanto, com o surgimento da vacina, ergueu-se também a rejeição à sua aplicação. Ora, após três séculos, a ausência de informações corretas ainda prejudica a coletividade.     Nesse contexto, um dos vetores reside na atuação da mídia. De acordo com o filósofo Noam Chomsky, em seu exemplar "A manipulação do público", existem alguns artifícios usados pelos donos do poder para realizar um verdadeiro "manuseio mental" feito por intermédio dos meios de comunicação. Com isso, a proliferação das fakes news nas redes sociais, atrelada às campanhas de vacinação sem mensagens cruciais para a erudição da sociedade, têm influenciado negativamente, pois efetua-se o crescimento dos casos de epidemias que podem ser fatais.    Ademais, outro condutor dessa mazela recai sobre o sistema educacional. Conforme o sociólogo Émille Durkheim, em sua teoria da Sociedade Mecânica, os indivíduos de uma coletividade compartilham as mesmas ideias, valores e possuem pensamentos iguais. Dessa forma, o reflexo dessa assertiva é um ensino robotizado, onde alunos não têm acesso às questões éticas e morais nas grades curriculares, e são condicionadas à transmissão dos pensamentos da antivacina.    Depreende-se, portanto, que há necessidade de uma reeducação social premente. Para isso, a mídia pode influenciar, por meio de campanhas publicitárias com um vasto campo informacional e a abordagem à importância da vacinação, a fim que de haja uma conscientização social e esse mito seja desfeito. Por sua vez, a escola deve instruir as crianças sobre questões éticas, por meio de palestras e didáticas especiais, para que seja formada uma sociedade mais autêntica e segura em suas opiniões. Logo, essa mazela será gradativamente vencida.