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Enviada em: 14/08/2018

Descoberta no século XVIII por Edward Jenner, a vacina possibilitou o aumento da expectativa de vida dos seres humanos, pois age estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos para doenças infecciosas, impedindo a manifestação grave dessas doenças que podem levar à morte. No entanto, a questão da vacinação do Brasil já foi palco de muitas discussões e revoltas, como a da vacina no Rio de Janeiro em 1904, e volta a ser motivo de debates na sociedade pós-moderna. Nesse contexto, deve-se analisar os possíveis desafios para assegurar que esse feito da medicina continue salvando vidas.               É possível afirmar que embora o Brasil tenha um dos mais reconhecidos programas públicos de vacinação do mundo, com os principais imunizantes disponíveis gratuitamente, grupos de pessoas contra a vacinação vêm crescendo em todo país. Isso acontece porque pessoas sem nenhuma base científica estão disseminando nas redes sociais que as vacinas são perigosas e podem gerar outras doenças ou até matar. Como foi o caso que aconteceu em Pernambuco em 2016, quando o nascimento de várias crianças com microcefalia foi associado as vacinas que a gestante tomou, o que é um equívoco visto que é causada pelo Zika vírus.             Outrossim, vale ressaltar que além das fake news, o horário de funcionamento dos postos de saúde influenciam esse comportamento danoso. Isso ocorre porque a maioria dos postos só funcionam em horário comercial o que não se encaixa no cotidiano de muitos pais, que acabam deixando para depois, visto que a cultura é de se vacinar quando há um risco iminente. Por resultado disso, em 2017 houve o menor índice de vacinação em crianças menores de um ano de idade, a faixa etária mais suscetível ao contagio de doenças por não possuir ainda um sistema imune fortalecido.               Torna-se evidente, portanto, que a questão da vacinação no Brasil precisa ser revista. Em razão disso, o Ministério da Saúde em parceira com as mídias sociais e empresas televisas devem disseminar propagandas que alertem sobre a não vacinação, e expliquem de forma clara que não há risco de contrair doenças através das vacinas, para que as pessoas aperfeiçoem seu senso crítico e consigam identificar notícias falsas na internet. Ademais, faz-se necessário que os Governos Estaduais expandam o horário de funcionamento dos posto de saúde, no intuito de possibilitar que os pais vacinem seus filhos, contribuindo para sua saúde. Dessa forma, o Brasil poderá voltar a alcançar suas metas de vacinação e proteger as futuras gerações de doenças que já mataram milhões nos séculos passados.