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Enviada em: 16/08/2018

A falta de diálogo entre o governo e a população em meados da República Oligárquica culminou na Revolta da Vacina, não obstante um dos desafios atuais para garantir a vacinação dos brasileiros é o movimento antivacina. Sendo pautado na descrença científica e disseminação de notícias falsas esse grupo prejudica à imunização de outro grupo maior e desinformado.   É indubitável que todo fármaco possui efeitos colaterais e em alguns casos as consequências podem ser letais, entretanto ao observar a erradicação de doenças como o sarampo, no Brasil, a eficácia das vacinas se apresenta positiva. Outrora tenha sido erradicado do Estado, o vírus do sarampo retornou em algumas regiões, cujo motivo advém da externalidade negativa proveniente dos indivíduos antivacina ou abastados de informações que acreditam em complexas conspirações em que o antígeno é injetado vivo e não atenuado. Portanto, cabe aos órgãos federais oferecer informações verídicas e punir aqueles que abdicam da prática da imunização ativa.  Ademais, o compartilhamento de fake news relacionadas à eficácia das vacinas corrobora para descrença populacional, cujas são veiculadas por grupos que ao observarem a diminuição na ocorrência de certas doenças acreditam em intervenções não-antrópicas ou insistem que existem compostos tóxicos na composição dos fármacos. O último argumento torna-se mais incoerente perante a tentativa de flexibilização do uso de agrotóxicos no país e a falta de posicionamento contrário de tal grupo. Por certo, o Estado inerte em frente a tal situação colabora para o retorno de epidemias.  Com base nas premissas supracitadas cabe ao Ministério da Saúde elaborar campanhas de cunho informativo sobre o desempenho das vacinas e flexibilizar os horários dos pontos de aplicação, visando o aumento no número de pessoas imunizadas e a facilitação do acesso a tal medida profilática. Por fim, é necessário que o Ministério da Justiça puna aqueles que disseminam os ideais antivacina em vista da sua externalidade negativa.