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Enviada em: 15/08/2018

No limiar do século XXI, a diminuição nas taxas de vacinação aparece como um dos problemas mais evidentes na sociedade brasileira. É mediante tal questão que muitas doenças já controladas voltam à tona, como a poliomielite. Nesse contexto, é indispensável salientar que a insuficiência do poder público está entre as causas da problemática, a julgar pelo desabastecimento de vacinas em muitas regiões do Brasil e pela carência de iniciativas para a difusão informações sobre o processo de vacinação. Diante disso, vale discutir a falta de administração pública para com a imunização da população e a importância da educação para a evolução do país, bem como a atuação do Estado no âmbito da solução desse impasse.      Em uma primeira abordagem, é fundamental destacar que a parcela infantil do corpo social é a mais vulnerável ao contágio de doenças. Nesse sentido, o médico pediatra Alexandre Von Humboldt explica que, em situações de desabastecimento de vacinas, toda a sociedade é colocada em risco. No entanto, ele pondera que há aqueles que merecem uma atenção especial, como é o caso das crianças. De maneira análoga, em virtude da maior interação e contato dos jovens uns com os outros, a circulação de vírus e de bactérias acontece de forma mais fluida. Aliados a isso, os investimentos nos setores de saúde são ínfimos em muitas localidades do Brasil, o que reverbera em casos de epidemias, como a de poliomielite - que afeta o sistema nervoso das crianças. Desse modo, é possível perceber que, por falta de administração e de fiscalização pública, a imunização da população não é firmada.      Outro ponto em destaque - nessa temática - é a relevância da educação para o desenvolvimento da nação. Seguindo essa linha de raciocínio, o educador Paulo Freire sustenta a ideia de que, se a educação não pode transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Fazendo jus desse conceito, a disseminação de informações sobre a importância da vacinação é imprescindível para evitar que novas epidemias aconteçam. Nessa ótica, estudos do Instituto de Pesquisas de Campinas indicam que pouco mais de 30% dos jovens com menos de cinco anos de idade não são vacinados com a tríplice viral. Dentro dessa porcentagem, há 80% de pais que não vacinam seus filhos por conta do pensamento de que a vacina faz mal à saúde. Sendo assim, urge a atuação do Estado.     Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para imunizar toda a população. Cabe ao Ministério da Saúde, em parceria com a mídia, criar um projeto para ser desenvolvido em todos os postos de saúde, de modo que seja fornecida mais vacinas. Nesse programa, o público infantil deverá ser priorizado e os agentes de saúde devem instruir os pais sobre a importância desse processo de imunização. Com isso, será possível evitar que muitas crianças sejam vítimas de epidemias.