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Enviada em: 14/08/2018

A Constituição Federal, promulgada em 1988, assegura a todos os brasileiros o direito à saúde. Entretanto, as insuficientes taxas de vacinação dificultam a efetivação dessa garantia, devido à ignorância populacional e à ineficiência das campanhas de imunização em alcançar áreas remotas.       Em primeiro plano, teorias conspiratórias relacionadas às vacinas reduzem a procura dessas. Esse problema acontece pois, de acordo com o efeito Dunning-Kruger, superestima-se o próprio conhecimento acerca de um assunto quando se sabe pouco sobre ele. Logo, as campanhas de vacinação enfrentam além da desinformação um embate ideológico, dado que muitos chegam a contestar a validade do conhecimento científico.       Outrossim, a variedade de ambientes naturais e a grande extensão territorial brasileiras tornam dificultoso o acesso a áreas remotas. Dessa forma, o processo imunizatório e a mensuração de sua eficácia são prejudicados e tornam-se imprecisos, o que cria regiões susceptíveis a doenças erradicadas no restante do território. Esse processo maximiza o risco de epidemias e, quando elas ocorrem, pioram seu controle, visto que há reposição de cepas de agentes patogênicos que estavam isoladas.       Diante desses aspectos, para garantir a ampla vacinação dos brasileiros, o Ministério da Saúde deve, portanto, elaborar campanhas de mídia e cartilhas para a educação básica para alertar sobre a importância desse processo e os efeitos negativos de sua não realização. Além disso, as Forças Armadas devem ser responsabilizadas pela imunização em regiões remotas. Por consequência, efetiva-se o direito à saúde e melhora-se a qualidade de vida, em total acordo com a Constituição.