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Enviada em: 14/08/2018

A Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro do século XX, tinha como um dos principais motivos o descontentamento popular a respeito do sistema de vacinação compulsória estabelecido pelo Governo. Contemporaneamente, esse processo ocorre de forma democrática, mas ainda existem desafios para a imunização dos brasileiros. Nesse aspecto, fatores de ordem administrativa e social representam as principais dificuldades dessa temática.      É importante pontuar, de início, a situação calamitosa do sistema de saúde nacional. A falta de materiais, a ausência de profissionais qualificados, bem como a corrupção, dificultam o atendimento devido aos pacientes. Durante a recente divulgação de casos de febre amarela, especialmente na região Sudeste, ficou evidente que o país carece de maiores investimentos no setor. Sem vacinas e condições básicas de atendimento, o país expõe a sua população ao risco de doenças e possíveis epidemias.     Outrossim, é notório o movimento de parte da população no que se refere ao boicote da vacinação. Durante o período da imunização contra HPV nas escolas, por exemplo, foram relatados diversos casos de alunos proibidos de receberem a vacina pelos pais. Os riscos recorrentes desse tipo de comportamento são muitos, o que ratifica a necessidade de melhorar a eficiência das informações acerca dos benefícios dessa prática à sociedade.     É inegável, portanto, a relevância de fatores administrativos e sociais para a problemática supracitada. Nesse viés, é dever do Estado, enquanto gestor do sistema público de saúde, aumentar os investimentos em infraestrutura e qualificação de profissionais. Tal medida deve ocorrer a partir de melhorias nos postos de saúde já existentes e da construção de novos centros, especialmente nas áreas carentes. O oferecimento de mais cursos técnicos também é fundamental para garantir um bom atendimento aos brasileiros. Ainda, é importante que a mídia, em parceria com as ONGs, criem campanhas de incentivo à vacinação. Tendo em vista o aumento nesse comportamento de risco que é rejeitar a imunidade oferecida pela medicina, chamadas nos principais veículos de comunicação são essenciais para que tenhamos uma população protegida.