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Enviada em: 27/09/2018

Em 1904, no Rio de Janeiro, ocorreu a Revolta da Vacina, em que parte da população negou-se a participar da campanha contra vacinação da varíola, pois acreditava que tal ação serviria como forma de controle populacional. Atualmente, esse tipo de pensamento ainda é propagado por parte da sociedade, gerando a diminuição do número de pessoas vacinadas. Dessa forma, é de grande importância desconstruir alguns pensamentos errôneos sobre tal assunto, para que a vacinação seja garantida para todos os brasileiros.       No Brasil, a quantidade de crianças não vacinadas contra o sarampo aumenta a cada ano, deixando-as em situação de risco. Por não se ter o conhecimento necessário sobre tal medida preventiva, muitas pessoas passam a acreditar no movimento antivacina. Essa organização têm vários argumentos não comprovados cientificamente, como por exemplo, o falso estudo do médico inglês, Andrew Wakefield, que em 1998 anunciou sua pesquisa que relacionava a vacina do sarampo com os casos de autismo em crianças, a qual foi desmascarada anos depois, porém, ainda hoje é utilizada por alguns pais como justificativa para não vacinar os seus filhos. Com isso, observa-se o crescimento na quantidade de crianças na primeira infância infectadas pelo sarampo.       Atrelado à irresponsabilidade por parte de alguns pais estão as consequências preocupantes, que caracterizam-se por problemas na saúde e sociais. Estão ligado diretamente com o número de crianças não imunizadas, que correm o risco de serem infectadas e levadas à óbito, e, também podendo propagar a patologia à outros indivíduos. Dessa maneira, põem pessoas vulneráveis em perigo, como por exemplo, alguns imigrantes vindos da Venezuela, os quais não tiveram a oportunidade de se vacinar, por causa da grande crise econômica e política enfrentada por aquele país. Com isso, estão sofrendo xenofobia por uma parcela de brasileiros, que acreditam que tais pessoas são responsáveis pela proliferação do vírus do sarampo no Brasil, porém, caso a população estivesse vacinada, essa propagação não estaria ocorrendo.       Torna-se, então, de grande relevância o combate de pensamentos inadequados relacionados à vacina. Em razão disso, o Ministério da Saúde, juntamente com o Ministério da Educação, devem disponibilizar palestras educativas para esclarecer questões referentes à vacina, a fim de extinguir os movimentos antivacinas difundidos pela população. Ademais, o Ministério da Saúde, em parceria com a mídia, deve disseminar variadas campanhas de vacinação de cunho educativo e criativo, para que os indivíduos se conscientizem e levem os seus filhos para se vacinar. Dessa maneira, os cidadãos brasileiros poderão ter a garantia da vacinação.