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Enviada em: 15/08/2018

Muito se discute sobre a vacinação de pessoas na sociedade brasileira, sobretudo em relação à baixa adesão populacional nas últimas campanhas de imunização. Nesse contexto, a globalização e os avanços tecnológicos têm possibilitado a democratização da informação, ou seja, inúmeros meios de comunicação estão disponíveis para a população. Porém, em meio a tantas notícias que circundam a sociedade, são inseridas informações inverídicas como, por exemplo, a ineficácia das vacinas ou a propagação de doenças por meio da aplicação das vacinas. Além disso, as escolas possuem um papel fundamental na promoção do livre debate que instrua os alunos sobre a importância da imunização, no entanto a matriz curricular tem se mostrado ineficaz na orientação desses jovens sobre a vacinação.    No que se refere à temática em questão, pode-se destacar o perigo da  divulgação de informações  falsas na internet que, em última análise, têm colocado em risco a vida de inúmeras pessoas. Consoante a isso, o Brasil padeceu com a Revolta da Vacina, no início do século vinte, devido à divulgação de notícias falsas e a ineficácia do Governo Federal em dialogar com a sociedade. Assim, um século se passou, porém o "fake news" continua prejudicando os avanços da imunização, e com o agravante da maior fluidez dessas informações inverídicas. Não raro, circulam pelas mídias sociais vídeos e textos "apocalípticos" alertando sobre o plano governamental de reduzir a população, ou induzir o contágio de doenças por meio da vacinação e, dessa forma, induzem a redução da vacinação.     Ademais, as escolas detêm forte influência no desenvolvimento intelectual da juventude brasileira. Todavia, a matriz curricular não abrange um debate aprofundado, entre os infantojuvenis, sobre questões socioculturais e que estão, intrinsecamente, relacionado com seu cotidiano. Portanto, o aperfeiçoamento e a maior adesão às campanhas de imunização relaciona-se  com o desenvolvimento educacional brasileiro, pois a maior capacidade cognitiva possibilita uma tomada de decisão mais eficaz. Nessa perspectiva, o filósofo Immanuel Kant, especialista em métodos educacionais, enunciou que " o ser humano é aquilo que a educação faz dele".     Diante dos argumentos supracitados, é imprescindível que o Governo Federal, em coparticipação com as escolas, desenvolva um projeto educacional que altere a matriz curricular vigente. Nesse projeto, os pais e seus filhos seriam convidados a participarem de um debate, com especialistas, com o objetivo de orientá-los sobre a importância da vacinação e, com isso, elevar a participação populacional nas campanhas de vacinação. Além disso, o Estado deve tornar obrigatória, por lei,  a apresentação da carteira de vacinação atualizada como critério de contratação nas empresas. Dessa forma, espera-se que aumente a conscientização da população e, por conseguinte, a adesão a campanha de vacinação.