Materiais:
Enviada em: 16/08/2018

Entre estratégias e táticas de Paulo Freire    A Constituição brasileira de 1988 estabeleceu a saúde como um dos direitos básicos a todo e qualquer cidadão de bem. Entretanto, tal direito não é colocado em prática, uma vez que a diminuição das vacinas nos postos de saúde, atrelado ao desinteresse de alguns pais em vacinar seus filhos consolidam-se como fatores motivadores para a queda na taxa de vacinação. Diante disso, torna-se passível de discussão, os desafios para garantir uma vacinação plena a todos os "povos tupiniquins".      No que se refere à problemática atual, pode-se tomar como primeiro ponto a ser discutido, a falta de abastecimento de vacinas nos centros de saúde do Brasil. Nesse contexto, tal fato está ligado a escassez de investimentos destinados a saúde, por parte do Estado para com os municípios, que por sua vez  é reflexo na diminuição drástica do percentual de vacinação e no reaparecimento de doenças já erradicadas no passado. De acordo com o Instituto de Pesquisas Médicas das USP, nos últimos 15 anos o Brasil sofreu uma queda de 46% na taxa de vacinação, sendo que neste mesmo período a rubéola foi a doença que mais ascendeu na esfera atual. Diante desse cenário alarmante, fica evidente, portanto, que tal situação deve ser eliminada em todas as suas formas e dimensões.      Indo um pouco mais adiante nessa questão, a pouca importância dada pelos pais na vacinação dos filhos é um outro ponto a ser discutido. Segundo a uma notícia veiculada ao Brasil pela revista Le Monde Diplomatique, em janeiro deste ano, revela que 1 em cada 4 pais não vacinam os filhos durante a fase crescimento. Isso mostra que a queda na taxa de vacinação não é comprometida apenas pelo Estado, mas também pela falta de conscientização da própria população. Dessa forma, se há a necessidade de tal ponto deixar de ser visto apenas como dados ou fatos cotidianos e passar a ser encarado como um problema de ordem social a ser resolvido, de modo a manter o bem estar de todos.      Parafraseando o escritor Paulo Freire, a estratégia é a premissa da vitória. Tomando como norte a máxima do autor, é condição "sine qua non"  alternativas concretas e específicas que garantam uma plena vacinação do povo brasileiro. Nesse sentido, é imprescindível a participação do Estado, pelo seu caráter socializante, na ampliação de investimentos e recursos destinados aos programas de imunização , no intuito de aumentar o percentual de pessoas vacinadas e eliminar o o reaparecimento de epidemias anteriores. Além disso, faz-se necessário a participação da família e da escola, na implantação de palestras veiculadas por profissionais específicos, com o objetivo de conscientizar os pais sobre a importância da vacinação. Somente assim, com as táticas desenhas no campo de batalha poder-se-á ressoar, como brado retumbante, o grito de Brasil mais resiliente.