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Enviada em: 16/08/2018

Desde a descoberta da vacina realizada pelo cientista francês Louis Pasteur, passando pelas ações contra a varíola liderada por Oswaldo Cruz em 1904 até as atuais campanhas de vacinação, este achado se mostra essencial para a saúde pública em muitas nações. Entretanto, no Brasil, mesmo com esforços estatais, a garantia desta prerrogativa encontra sérios problemas. Nesse sentido, a desvalorização do conhecimento científico por parte da população e o tempo irregular de funcionamento dos postos colaboram para esse quadro.      Apesar da ciência já ter provado sua utilidade social ao longo dos anos, a indiferença dos brasileiros quanto à informação desse conteúdo corrobora à problemática. Dentre outros fatores, a pouca propagação de trabalhos e inventos nas mídias, juntamente com a falta de estímulos vinda das escolas e dos professores são causadores dessa relutância dos cidadãos com o conhecimento científico. Assim, consequências negativas surgem com esse tipo de atitude, como a volta da circulação do sarampo devido à resistência dos indivíduos com as vacinas disponibilizadas, após a doença ter sido erradicada do Brasil em 2000, de acordo com o Ministério da Saúde. Logo, novas posturas são necessárias para reverter esses dados.      Noutros termos, a limitação do horário de abertura dos postos e hospitais públicos também é um grande desafio durante as campanhas de vacinação. Evidenciando esse fato, segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Isabella Ballalai, ”de doenças básicas às mais complicadas, as pessoas acabam negligenciando. Não vacinam, dizem: ‘depois eu vou’. Juntamos isso com o dia a dia. Os postos de saúde no Brasil abrem de segunda a sexta e fecham para almoço. As famílias estão trabalhando. Isso tudo impacta na adesão”. Assim, todos os fatores têm que ser considerados essenciais na luta contra doenças.       Em suma, a propagação da ciência e a organização do tempo em postos são medidas necessárias para que o Brasil não retome um cenário como o da “Revolta da Vacina”; em que cidadãos cariocas se revoltaram com a campanha de vacinação do governo em 1904. Desse modo, o Governo Federal deve difundir o conhecimento, através da obrigação da literatura de divulgação científica nas escolas e de mais anúncios publicitários em TVs e redes sociais, para que este não seja um assunto somente para acadêmicos. Além disso, cabe às Secretarias de Saúde dos municípios regular os horários de funcionamento da rede pública, por meio do aumento de horas válidas durante as campanhas, com reembolso para os funcionários. No intuito de que pais, filhos e idosos possam se vacinar com dignidade.