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Enviada em: 16/08/2018

Segundo Gandhi, "o futuro depende do que fazemos no presente". Nesse sentido, vacinar a população no agora é essencial para evitar maiores problemas de saúde pública na posteriori. Contudo, no Brasil, teorias da conspiração têm causado desconfiança, desestimulando, assim, a vacinação.        É importante discorrer, de início, sobre a imunidade de grupo, fenômeno que ocorre quando a parcela imunizada de uma determinada população comporta-se como barreira biológica, impedindo, assim, a propagação de infecções até mesmo entre os não imunizados. Isso ocorre, porque, somos ao mesmo tempo vítimas e vetores dos patógenos que afetam nossa espécie. Destarte, a vacinação, além de contribuir com a saúde do beneficiário direto, favorece toda uma comunidade. A imunização é, pois, um exercício de cidadania.        Mas porém, é válido salientar, ainda, que as vacinas já causam desconfiança entre os populares desde a república velha, quando a repulsa culminou na conhecida "Revolta da Vacina". Nos dias atuais, embora, não hajam revoltas explícitas, não faltam reclamações contra a vacinação, seja por parte de grupos conservadores que condenam a vacina de HPV ministrada às jovens com idade inferior aos 13 anos, seja de alarmistas que acusam, nas vacinas, uma política de extermínio e controle de natalidade.       Cabe, portanto, ao Poder público, e ao terceiro setor a tarefa de reverter esse quadro. O terceiro setor, composto por associações que buscam se organizar para lograr melhorias na sociedade, deve se mobilizar para combater toda a desinformação acerca do tema, ajudando a propagar a verdade científica a respeito das vacinas nas redes sociais. O Estado, por sua vez, tem o dever de fortalecer o sistema público de saúde, promovendo visitas domiciliares dos agentes de saúde tanto para explicar a relevância social da imunização quanto para fornecer esse benefício, sobretudo, às populações mais vulneráveis. Assim, teremos um sistema de saúde pública preventivo e inteligente.