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Enviada em: 17/08/2018

No ano de 1904, a isatisfação da população com a vacina oferecida obrigatoriamente pelo governo contra a varíola ficou conhecida como a Revolta da Vacina. Com isso, é visto nos dias atuais que a população deixou de se vacinar com justificativas fantasiosas, entretanto, diferente do passado, hoje, a informação sobre os benefícios das vacinas estão disponíveis para todos aqueles que queiram se informar, mas cabe também ao Estado ultrapassar os desafios para garantir a vacinação no país, entre esses desafios estão os mitos envolvendo reações da vacina e a falta de acesso de certa parte da população.       É importante pontuar as inúmeras notícias falsas que circulam na internet influenciando as pessoas não se vacinarem. Dessa forma, mitos que colaboram com esse descaso à saúde muitas vezes têm relação com crenças religiosas, na qual, alega-se que a vontade de Deus deve prevalecer. Existe também a Fake News, espalhando notícias falsas, dizendo que as vacinas causam autismo e outros efeitos colaterais graves, contudo, foi comprovado cientificamente pelos Estados Unidos que os efeitos de uma possível doença seria extremamente pior do que o possíveis efeitos da vacina. Consequentemente, com isso, a taxa de vacinação decaiu drasticamente, de acordo com o Programa Nacional de Imunicação, em 2016, o número de vacinados era menor do que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendava (95%).       Além desses aspectos, há também a dificuldade encontrada por algumas camadas da população de se locomoverem até postos de saúde para realizarem a vacinação, ocasionando a não proteção desses vírus às crianças. Apesar do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garantir a vacinação, no qual no paragrafo 1º do artigo 14 determina que "é obrigatório a vacinação de crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias". No entanto, há uma enorme ineficiência pra o cumprimento dessa lei.       Sendo assim, é visto que existem desafios a serem superados para que a população esteja novamente segura de doenças que já haviam sido extintas do país. Desse modo, o Ministério da Saúde, junto com o Poder Judiciário devem fiscalizar que a lei já existente seja efetiva, garantindo o direto da criança à vacinação, através da informação sobre a importância da vacina, sanando suas dúvidas e eliminando os mitos existentes. Além disso, devem facilitar o acesso com campanhas para todos e caso seja necessário, punir de forma efetiva aqueles que mesmo assim não cumprirem o seu dever.