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Enviada em: 26/08/2018

A Revolta da Vacina não foi um episódio isolado na história do Brasil. Embora tenha acontecido há mais um de século, a incerteza aliada a dificuldade de acesso e de informação sobre os métodos preventivos continuam recorrentes na sociedade. Desse modo, garantir a vacinação dos cidadãos continua a ser um obstáculo às autoridades do país e dificultam a precaução de doenças facilmente evitadas.  A tecnologia, nesse aspecto, proporciona um espaço para a disseminação de notícias falsas sobre as medidas preventivas e prejudica o combate de doenças históricas. As redes sociais, assim, apesar de serem importantes para a vinculação de informações, também facilitam a circulação de relatos falaciosos acerca de vacinas como a de febre amarela, por exemplo. Nesse caso, a dispersão de notícias exageradas sobre os efeitos colaterais, ocasionam baixa adesão à campanha e tornam maior a frequência de uma doença que já fora preocupação da saúde pública em torno do começo do século XX e retornou ao convívio brasileiro.  Além disso, a situação atual da saúde pública brasileira prejudica ainda mais a eficiência das campanhas de vacinação. Nesse sentido, o baixo investimento governamental no setor não é suficiente para suprir a demanda da população que busca as vacinas em períodos de epidemias. Tal panorama foi presenciado no início de 2018 em cidades paulistas que registraram aumento dos casos de febre amarela. Nesse caso, a alta procura causou imensas filas nos postos públicos, que não foram capazes de oferecer as vacinas para todos.  Para alterar essa situação, portanto, mudanças são necessárias no campo político e na sociedade civil. Nesse sentido, cabe ao governo lançar campanhas conscientizadoras em diversas mídias para alertar a população sobre a importância das vacinas para o convívio em sociedade, além de alertar para notícias falsas e como identificá-las. Ademais, é imprescindível que o alcance das vacinações seja maior e deve ser feito a partir do maior investimento público nesse setor. Com tais medidas, é possível superar os traumas históricos e garantir o bem-estar da população.