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Enviada em: 18/08/2018

“Zé Gotinha”, personagem lúdico, criado em 1986 pelo Ministério da Saúde, a fim de fortificar a campanha de imunização das crianças contra a Poliomielite, proporcionou grande avanço nesse combate. Com isso, relatos de casos sobre tal enfermidade foram diminuindo periodicamente. Hodiernamente, no Brasil, ao contrário do achismo de muitos ainda existem dificuldades para garantir a vacinação de uma boa parcela da população, ocorrendo não só devido a má qualidade dos estabelecimentos de saúde pública, mas também a negligência familiar.     O descaso do Governo brasileiro é um desafio para mitigação da problemática, uma vez que o SUS ( Sistema Único de Saúde ) está vivendo uma época ausente de materiais fundamentais na realização das vacinações. Algo incoerente com a Constituição Cidadã de 1988, que prevê o Estado como assegurador do desenvolvimento contra enfermidades, bem como do direito à saúde para todos os cidadãos. No entanto, décadas pós sua promulgação poucos recursos foram efetuados nessas áreas, por consequência disso o País encontra-se em desvantagem perante esse entrave, pois não existe uma estrutura adequada para o atendimento.    Vale ressaltar, também, que outro fator preponderante para persistência desse empecilho é a falta de responsabilidade dos pais, haja vista que não cumprem corretamente o calendário de vacina dos seus filhos. Essa conjuntura conforme o pensamento do sociólogo polonês Z. Bauman, está relacionada a teoria da “ Modernidade Líquida” –de que o mundo vive num período volátil – obrigações imprescindíveis para as famílias são esquecidas abrindo espaço ao descaso. Assim como, pela falta de uma melhor abrangência das informações sobre quando haverá campanhas nos municípios, como resultado as crianças ficam sem imunização.    Dessarte, faz-se necessário que o Poder Público melhore a qualidade da saúde disponibilizada à população, por intermédio de reformas nos locais de atendimento e aprimoração dos profissionais que irão contribuir ao procedimento, com uma certa parte do PIB ( Produto Interno Bruto) sendo aplicada nos processos supracitados, tendo o intuito de garantir ao povo brasileiro um lugar acessível e seguro no momento de gozarem dos seus direitos. Além disso, é preciso que o ECA ( Estatuto da Criança e do Adolescente) mantenham às famílias atentas sobre os prazos das campanhas e a respeito da sua importância, através da construção de novos programas informativos, com o foco voltado a prevenção do público infantil. Poder-se-á, assim, visar uma estabilidade, de fato, na quantidade de brasileiros vacinados.