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Enviada em: 18/08/2018

Desde o surgimento do capitalismo moderno, esse sendo um conceito analítico em Weber e não um fenômeno historicamente datado, que as políticas públicas voltadas para a saúde coletiva têm obtido destaque no cenário nacional. Porém, mesmo com o avanço da civilização, a população brasileira hodierna, como em uma narrativa Kafkiana, assiste perplexa às dificuldades para garantir a vacinação no País. Isso ocorre em virtude da deficiência educacional em consonância com a ineficiência coercitiva do Estado. Com efeito, a Educação, com o seu papel orientador, é fundamental transmissora do conhecimento acerca da importância da imunização de todo o corpo social. O MEC apesar de conter entre os temas transversais a serem trabalhados em sala de aula a saúde, o tópico vacinação não é fortemente discutido, dessa forma, a falta de instrução da população torna-se colaboradora para a queda da taxa de prevenção. Esse cenário, confirma a análise feita pelo filósofo Foucault, de que o ensino apresenta-se de maneira mecanicista, em vez de social.       Outrossim, mesmo a Constituição Cidadã de 1988 tendo gerado grandes avanços sociais, a mansuetude das leis e das suas aplicações favorece a continuidade dos desafios para garantir a vacinação no Brasil. Para Karl Marx, as condições materiais de uma estrutura social condicionam as relações entre os seus componentes. Dessa forma, o Estado, detentor dos mecanismos garantidores da harmonia e bem estar coletivo, falha em sua função social.       Associando, portanto, a deficiência educacional e a ineficiência coercitiva do Estado, tem-se os desafios para garantir a vacinação dos brasileiros. Para que esse problema seja resolvido, torna-se imperativo que o Governo, por meio do MEC e em parceria com ONGs, realize palestras em instituições públicas e privadas, bem como nas comunidades, com visitas periódicas, a fim de orientar a população sobre a importância da vacinação e incentivá-la à pratica desse ato. Além disso, o estado, por meio do seu poder bicameral, deve criar uma lei que estabeleça a vacinação como critério para obtenção ou perda de direitos civis, com o fito de estimular a pulação à prevenção.