Enviada em: 24/10/2018

Em 1789, Edward Jenner, a partir da análise do vírus da varíola nos animais e nos seres humanos, elaborou uma estudo que, como consequência, possibilitou o desenvolvimento das vacinas. Posteriormente, graças a esse avanço no campo médico, tal patologia tornou-se a primeira doença erradicada pelo homem de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Entretanto, no Brasil hodierno, ainda apresentam-se impasses para assegurar à população a vacinação.    A priori, convém citar como um empecilho para a garantia da vacinação no país, a falta de informação que permeia a sociedade brasileira. Nesse contexto, referindo-se à história, menciona-se a Revolta da Vacina, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro, cuja motivação principal foi a oposição popular ante a campanha obrigatória de imunização contra a varíola. Todavia, tal medida foi implementada sem a divulgação da natureza da aplicação e seus efeitos benéficos. Dessa maneira, por falta de informação, parte dos cariocas se rebelaram contra a medida sanitarista, ainda que fosse vantajosa para eles. De forma análoga, no Brasil atual, uma miríade de pessoas deixa de atender aos postos de saúde por não obterem instrução acerca das vantagens de vacinarem-se, submetendo a si mesmos e àqueles sob sua tutela à diversas enfermidades. Ademais, soma-se como fator maléfico, a disseminação de inverdades sobre a pauta nas redes sociais, o que prejudica a saúde nacional.    Outrossim, é importante salientar que os filósofos contratualistas, como Jean-Jacques Rousseau, afirmavam que os homens estabeleciam entre si um contrato social, no qual delegavam sua liberdade ao Estado, que, por sua vez, seria incumbido de promover o bem-estar social. Sob esse viés, infere-se que é função do Governo garantir à população uma saúde de qualidade. Contudo, isso não se faz verídico no país, haja vista que faltam recursos financeiros para campanhas de imunização, além do desabastecimento de vacinas e precário estado dos postos de saúde, o que submete milhares de brasileiros à doenças.    Destarte, assiste ao Governo Federal, um maior destino de verbas ao setor da saúde, visto que é uma área prioritária. Assim, com o recurso, através do Ministério da Saúde, é fundamental o desenvolvimento de campanhas nos setores midiáticos, reforçando a importância da imunização contra as patologias. Além disso, cabe ao mesmo agente, em ação conjunta com as escolas municipais, a promoção palestras dadas por um profissional da saúde, destinadas aos estudantes e seus responsáveis, com a função de informar sobre o funcionamento das vacinas. Dessa forma, ocorrerá um aumento na procura pelas mesmas. Logo, para atende-los, as prefeituras municipais precisam garantir, com auxílio de verbas do Governo Federal, o pleno funcionamento dos postos de saúde.