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Enviada em: 19/08/2018

Na análise de dados recém divulgados pela Organização Mundial da Saúde, foi visto que, no mundo, 123 milhões de crianças foram vacinadas durante 2017. Em contrapartida a esse aumento, o Brasil obteve uma queda drástica na porcentagem de crianças vacinadas nos últimos três anos. Deste modo, surgem discussões sobre os obstáculos que circundam a segurança da vacinação no país, tendo em vista aspectos nos campos da moral, da informação de infraestrutura que preocupam o setor da saúde.   Primordialmente, é de suma importância destacar a eficácia das vacinas e o paradoxal aumento de movimentos contra elas. Sabe-se que esse tipo de imunização ativa é, cientificamente comprovado, o principal método para erradicação de doenças; uma vez que, quanto mais pessoas imunizadas, menos a doença é capaz de se espalhar. Todavia, cresce no país um movimento "anti-vacina" em que pais baseados em "Fake News", estudos infundados e refutados pela comunidade científica, acabam por optar não vacinar seus filhos. Como consequência, pela colaboração de convicções e atitudes imorais, doenças consideradas erradicadas, como o sarampo, têm voltado a afetar muitas crianças no Brasil.     Outro ponto de vista a ser explorado junto à falta de informação a respeito do assunto é o déficit estrutural da saúde pública brasileira. É comum entre pesquisadores a ideia de que a vacina é vítima de seu próprio sucesso, pois gera a falsa sensação de que não é preciso mais se vacinar e há perda da percepção de urgência. Somada a essa questão temos, em grande parte do país, o desabastecimento de vacinas essenciais, principalmente em municípios com recursos reduzidos para programas de imunização, o que também dificulta a vacinação em massa.      Portanto, a fim de driblar esses desafios e garantir que os índices de vacinação voltem a subir no Brasil, permitindo a melhora da saúde da população, é necessária uma ação conjunta entre o Ministério da Saúde com escolas e a mídia televisiva. A primeira agregação pode promover palestras destinadas ao pais, dentro das instituições de ensino, feita com médicos e biólogos que possam dar informações com credibilidade sobre a vacinação, além de tirar dúvidas. Já a mídia, atua transmitindo propagandas federais sobre campanhas de imunização que devem ser feitas em semanas específicas pelo governo. Assim, com mais pessoas informadas de forma correta e conscientizadas desse dever social, o país dará um passo largo para a resolução do problema da baixa taxa de vacinação de sua sociedade.