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Enviada em: 13/12/2018

O documentário "A Vacina Que Mudou o Mundo" exibe a descoberta da vacina antipólio nos anos 50, fato esse que, nos dias atuais está a ponto  de erradicar a poliomielite no planeta. Desse modo, por séculos, tal forma de prevenção ativa, apesar de excluir e diminuir várias doenças adquiridas, passa por barreiras sociais e econômicas dificultando a garantia de aplicação. Nesse sentido, a falta de investimentos estatais e o crescimento de movimentos antivacinas no Brasil acendem um alerta vermelho para o retorno de enfermidades até então "esquecidas".         Factualmente, o Brasil obteve um início conturbado do programa de vacinação, sendo o mesmo executado pela lei e contra a vontade do povo no começo do século XX, o que desencadeou a Revolta da Vacina. Todavia, o crescimento populacional e os investimentos feitos por parte do Estado progrediram de maneiras desproporcionais, posto que, apesar do país ser referência em vacinação no mundo, o sucateamento de postos de saúde, onde são executadas às aplicações das vacinas, e a má distribuição das doses, geram transtornos e empecilhos  para atestar o não desenvolvimento de patologias na população. Dessa forma, longas filas se formam nas unidades básicas de saúde em busca da vacinação que está prevista na lei e o não comprometimento financeiro do governo com a causa agrava diariamente a situação  aumentando gastos públicos na saúde em geral.         Na perspectiva da escritora Virginia Woof "De tudo que existe, nada é tão estranho como as relações humanas, com suas mudanças, sua extraordinária irracionalidade". Outrossim, grupos sociais estão cada vez mais aderindo movimentos contrários à vacinação, providos de alegações que rebatem estudos científicos que comprovam a eficácia e necessidade da imunização desde o nascimento do indivíduo, de modo que, a desinformação e conhecimentos limitados acarreta na decadência da cobertura das doenças. Assim, patologias antigas tidas como erradicadas estão retornando ao território brasileiro divido à falsa sensação de exclusão definitiva de doenças como o sarampo, causando impactos e riscos a população em geral.              Logo, é perceptível que as falhas para assegurar a vacinação dos brasileiros estão interligadas pela negligência e ineficiência do governo junto à resistência de grupos sociais contrários a essa forma de imunização ativa. Contudo, com uma mudança na postura econômica governamental, investindo em estrutura e disseminando campanhas publicitárias, seria possível uma reeducação social, visando a conscientização e cumprimento do ato de vacinar