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Enviada em: 07/10/2018

O surgimento da vacina no século XVIII revolucionou a área da saúde. Essa grande descoberta tornou possível a prevenção de doenças que assolavam a humanidade há muito tempo, como a poliomielite que, até meados de 1930, dizimou milhares de crianças. No Brasil hodierno, esse tipo de imunização é relativamente acessível à população. No entanto, a desinformação e a crescente adesão de movimentos antivacina têm sido grandes desafios para garantir a imunização de todos.   Em primeiro lugar, não é a primeira vez que a vacinação da população tem na falta de informações um entrave. A Revolta da Vacina em 1904 teve como estopim a determinação da vacinação obrigatória contra a varíola, sendo uma das medidas governamentais que buscava combater epidemias, mas que, pela inexistência de uma conscientização prévia e a falta de informações, recebeu uma grande recusa da população já insatisfeita com as medidas impopulares do governo da época. Portanto, ainda hoje é fundamental que o Poder Público busque reverter a ignorância dos cidadãos, que normalmente carecem de informações seguras. Logo, precisa-se fazer conhecida a razão da imprescindibilidade da imunização.   Ademais, segundo o Programa Nacional de Imunização, no Brasil, em 2016 a cobertura de imunização contra poliomielite ficou abaixo do mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, reflexo da popularização de movimentos antivacina. Estes disseminam informações sem embasamento científico e afirmam erroneamente que vacinas têm causado doenças como o autismo ou tumores. A adesão a essas ideias fere a criança e o adolescente, que têm a imunização como direito, além de provocar o ressurgimento de doenças já erradicadas com a vacinação, como o sarampo e outros.   Logo, para que os desafios para garantir a vacinação dos brasileiros sejam vencidos é necessário que o Poder Público invista em informatização, pois, embora o Ministério da Saúde tenha trabalhado em campanhas, elas ainda não conseguem atingir todas a camadas da população. Portanto, é necessário que hajam ações em veículos midiáticos como televisão, jornais, rádio, revistas e principalmente redes sociais. Além disso, agentes do governo devem fazer visitas domiciliares em zonas periféricas, onde o acesso aos veículos anteriormente citados pode ser limitado, para orientar e certificar-se a respeito da imunização dos habitantes da região. Para que assim a vacinação da maior parte dos brasileiros seja uma realidade.