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Enviada em: 21/08/2018

No documentário "A vacina que mudou o mundo", é retratado uma epidemia de poliomielite, ocorrida no ano de 1953, na qual o médico Jonas Salk, com o apoio do governo, revoluciona a história da medicina por desenvolver a vacina contra o vírus causador da doença e possibilitar a imunização. Hodiernamente, a vacina é um mecanismo importante para o controle e prevenção de doenças, no entanto, o descaso do Estado com a saúde coletiva e a escolha pessoal de não se vacinar, tem diminuído a taxa de vacinação.     É de conhecimento geral que a Constituição Cidadã garante a saúde como um direito de todos, sendo papel do Estado assegurar esse direito, isto é, promover todos os meios para saúde ser garantida. No entanto, o Poder Executivo não cumpre a Constituição, uma vez que não possuí planejamento de saúde adequado para prevenir e imunizar, em decorrência do teto de gastos aprovado em 2016, a média de gastos com a saúde foi limitada, ocorrendo a diminuição de campanhas de vacinação. Como consequência, a taxa de vacinação está abaixo do ideal, que seria 95% cai para 85%, isso de acordo com o Planejamento Nacional de Imunização.      Outra preocupação constante é a decisão dos pais de não vacinarem seus filhos, decisão baseada na liberdade de escolha, também assegurada pela Constituição. Todavia, tal liberdade de escolha está equivocada, uma vez que ao não imunizar uma criança, colocamos outras em risco, aumentando assim a chance de ocorrer uma epidemia. Nesse contexto, o sociólogo Zygmunt Bauman, afirma que o individuo moderno não pensa no coletivo e sim na sua individualidade.    Portanto, medidas são necessárias para intervir no problema. As camadas dominantes de cultura devem exigir do Estado o aumento do investimento médio com a saúde coletiva, através de manifestações democráticas em redes sociais, a fim de possibilitar que o Ministério da Saúde crie campanhas para o incentivo a imunização e sua importância para toda comunidade, além de exigir a vacina para matrícula na escola.