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Enviada em: 22/08/2018

Garantir a cobertura vacinal da população brasileira não é um desafio contemporâneo. Desde a República Oligárquica, período em que ocorreu a Revolta da Vacina, até os dias atuais várias foram as mudanças, no entanto, alguns entraves persistem, tais como: modelo de vacinação ineficaz e ausência de educação escolar voltada à saúde.       Em princípio, é importante ressaltar que o modelo atual de campanhas de imunização, embora tenha sofrido inúmeras evoluções, ainda carrega a ideia central das campanhas sanitaristas do século XX, com isso, tornam-se pouco atrativas e a real necessidade da imunização nem sempre fica explícita durante o processo de vacinação. Nesse cotexto, as lacunas para o desenvolvimento de correntes antivacinistas são várias, a população pouco informada torna-se um alvo fácil, dessa maneira, inflando as estatísticas dos não imunizados.    Outrossim, vale pontuar que o Brasil enfrenta, há décadas, sérias dificuldades relacionadas à educação escolar, tal fato impossibilita algumas ações voltadas para a educação em saúde, corroborando o número crescente de cidadãos que não enxergam a necessidade, muitas vezes vital, da imunização correta em todas as etapas do desenvolvimento humano.       Dessa maneira, torna-se evidente e salutar a necessidade de mudança de postura da sociedade brasileura diante do tema vacinação. Para tal, o Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde deve atuar na perspectiva da conscientização, o Programa Saúde na Escola (PSE) deve ser potencializado para que, por meio dele, os profissionais de saúde da Atenção Básica possam promover oficinas e rodas de conversas com os estudantes e seus responsáveis objetivando, com isso, informar e formar agentes promotores de mudança. Ainda, o MS deve atuar em parceria com a impressa nacional a fim de divulgar maciçamente, não só as campanhas, mas sim, a necessidade real delas e os riscos de não imunização.