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Enviada em: 22/08/2018

A negligência população para com a vacinação       As doenças assolam a humanidade desde o seu princípio. A Peste Negra, na Idade Média, dizimou grande parte da população europeia e foi um dos fatores para a derrocada do sistema feudal vigente. Da mesma forma, micro-organismos viajaram com os portugueses rumo à América, trazendo doenças inéditas aos nativos do Brasil. Na atual conjunta de amplo desenvolvimento técnico-científico, os cientistas têm conhecimento sobre inúmeros meios de evitar o adoecimento humano, diferentemente dos nossos antepassados. Sendo assim, diversas doenças deixaram de ser fatais ao homem. Por outro lado, é necessário a realização de vacinas para a preparação do sistema imunológico humano perante o vírus, e, neste âmbito, o excesso de preocupação e o medo perante a vacina dificultam o processo.       Como exposto, a tecnologia revolucionou o campo da medicina. Após a Revolução Industrial, no século XVIII, pesquisas científicas tornaram doenças, outrora fatais, tratáveis. Exemplo disso é a insurgência emergida no Rio de Janeiro, chamada de Revolta da Vacina, quando a população foi contra a vacinação obrigatória. É importante aludir que, apesar da negação por parte do povo, o projeto foi um sucesso e conseguiu diminuir a ocorrência do vírus do estado. Em diversos casos, como o da Febre Amarela, a vacina é o meio mais prático de proteger-se do vírus, uma vez que eliminar o inseto transmissor é uma tarefa mais árdua. No entanto, os indivíduos rejeitam a vacina em razão de eventuais efeitos colaterais ou receio da incisão realizada pela agulha. Convém ressaltar que, se tratando de crianças, o índice de rejeição é maior, visto que os pais passam a negligenciar a vacinação e permitem que a dose não seja aplicada.       Como estudado por Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia, o "Efeito Manada" surge quando o quadro da doença já tornou-se alarmante. Neste momento, os casos da doença são recorrentes nas mídias e todos buscam, imediatamente, meios de prevenção. A partir disto, os postos de saúde tornam-se insuficientes e, da mesma forma, as doses disponíveis. As clínicas privadas as disponibilizam, porém, com elevados preços, dificultando um alcance maior.       Diante dos fatos supracitados, com a medicina emergiram meios de tratar doenças que antes eram mortais. Para tanto, a vacina se faz necessária e não podemos negligenciar sua importância. É exequível ao Ministério Público a conscientização da massa por meio de propagandas televisionadas visando maior equilíbrio na procura para diminuir os transtornos do "Efeito Manada" do ápice da doença. Por fim, é um despautério rejeitar a sua dose da vacina com medo nos efeitos colaterais, pois, no longo prazo, não contribui para a erradicação do vírus, como também, não traz imunidade à pessoa.