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Enviada em: 27/08/2018

Alienação e a má atuação do Estado: a questão da vacinação.       Com a diminuição do número de pessoas vacinadas e a falta de investimentos do poder público na área de saúde, muito se tem discutido acerca do programa de vacinação brasileiro. A partir disso, problemas como divulgação de notícias falsas, falta de saneamento básico e desabastecimento de postos contribuem no surgimento de surtos e epidemias.       Historicamente, desde o início da República - principalmente após a Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro - a procura por campanhas de vacinação pelo povo tem sido parcial. Atualmente, tal realidade não é diferente visto que, segundo o Ministério da Saúde, no último ano a quantidade de crianças com até 5 anos vacinadas caiu em torno de 13%, colocando, desta maneira, a saúde dos pequenos em estado de alerta.       Além disso, com o advento das redes sociais, a disseminação de notícias falsas sobre mortes causadas por vacinações e possíveis "efeitos colaterais" gera pânico naqueles que as leem, fazendo com que estes criem, ou até mesmo apoiem, movimentos anti-vacinação, os quais causam impactos diretos na política de vacinação do país.        Nesse sentido, o reaparecimento de doenças fatais no Brasil afeta toda a dinâmica populacional, estando mais suscetíveis a estas, principalmente, aqueles que vivem em áreas rurais e carentes, em que muitas vezes, devido ao descaso do Governo, há postos de vacinação desabastecidos - se não desativados - e falta de estruturas essenciais para a saúde, como o saneamento básico.       Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário a atuação do Ministério da Saúde, a partir da divulgação anual de dados estatísticos sobre mortes por vacinações, no estabelecimento de uma maior transparência com a população evitando, desta forma, que notícias falsas obtenham maiores repercussões. Ademais, é imprescindível que o Estado invista com urgência em áreas rurais e carentes, fornecendo a estas saneamento básico e estruturas de vacinação equipadas e completas, democratizando, assim, o acesso à saúde no país, fazendo com que surtos e epidemias não se tornem grandes desafios.