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Enviada em: 27/08/2018

Ao se analisar a questão da vacinação, nota-se que, no Brasil, vive-se um desafio em tal segmento. Essa vicissitude tem origem, infelizmente, na falta de recursos para gerir programas de imunização. Ademais, é indubitável que a ausência de informação por parte dos cidadãos também agrava tal situação.       Deve-se compreender, antes de tudo, que a Constituição Federal Brasileira, segundo o artigo 196, assegura a saúde como um direito de todos cidadãos e como um dever do Estado. Contudo, lamentavelmente, alguns municípios brasileiros possuem menos recursos e, por esse motivo, não têm verba suficiente para poderem gerir a vacinação de sua população. De acordo com o Ministério da Saúde, apenas cinco Estados tiveram cobertura vacinal acima de 90%, o que é muito preocupante. Além do mais, em decorrência da queda do número de pessoas vacinadas, há o perigo de se criar um bolsão de indivíduos suscetíveis a enfermidades antigas e controladas no país.        Para exemplificar tal fato exposto acima, cita-se a poliomelite: a doença, responsável pela paralisia infantil, está erradicada no Brasil desde 1990. Entretanto, em 2016, o país registrou a pior taxa de de imunização nos últimos doze anos: 84 % no total, contra meta de 95%, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atrelada a isso, outro fator que contribui para essa diminuição da vacinação é a falta de informação por parte dos pais. Isso ocorre porque eles acreditam que, pelo motivo de seus filhos serem saudáveis, as crianças podem se contaminar ao tomarem a vacina e, assim, contraírem a doença, já que estariam injetando o vírus ou a bactéria no seu organismo.        Diante disso, é necessário que o Ministério da Saúde reforce as propostas já existentes no Sistema Único de Saúde e promova palestras nas escolas tanto para pais quanto alunos sobre a importância de evitar o retorno de doenças antigas. Assim, ajuda a elevar as taxas de imunização, diminuindo a possibilidade de novos surtos dessas doenças.