Enviada em: 27/08/2018

A vacinação consiste em uma forma de imunização artificial que permite ao organismo se defender caso seja exposto a determinados tipos de doenças . No Entanto, apesar da eficácia comprovada, o percentual de pessoas imunizadas vem caindo ano após ano no Brasil. Para compreender melhor o fenômeno é importante que fatores informacionais e educacionais sejam analisados para entender por qual razão as pessoas não tem aderido a vacinação.       Em primeira análise, uma matéria divulgada pela BBC mostra que muitos pais não tem levado seus filhos para vacinar devido a veiculação de notícias falsas, nas redes sociais, que informam, de modo equivocado, que as vacinas podem causar outras doenças, como o autismo, nas crianças. Dessa forma, vários indivíduos deixaram de aderir a campanhas de vacinação por receios dos riscos associados a imunização. A consequência foi que, no ano de 2016, o Brasil não conseguiu alcançar a cobertura de imunização de 95% que é a recomendada pela Organização Mundial da Saúde.       Outrossim, quando Paulo Freire afirma que a educação colabora para a construção da sociedade ele ratifica que a ausência de conhecimento sobre o modo como as vacinas atuam tem colaborado para a redução do número de pessoas imunizadas. Um exemplo claro desse fator foi a Revolta da Vacina ,que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, quando a população se recusou o tomar determinado tipo de vacina por acreditar que a intenção dos governantes era matá-los e não prevenir epidemias. Na contemporaneidade o fenômeno se repete e várias pessoas não tem se vacinado por ausências de conhecimento da forma correta de atuação da imunização artificial.       Deve-se constatar, portanto, que os desafios para garantir a vacinação dos brasileiros permeiam a temática informativa e educacional. Logo, visando atenuar o problema, é importante que o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, proponha um ensino mais aprofundado sobre o funcionamento da vacinas nas escolas brasileiras, por meio da disciplina de biologia. Além disso, é importante ampliar os recursos para divulgação, nas redes sociais, dos perigos associados a não vacinação, como o retorno de doenças erradicadas. Contribui-se, assim, para a construção de uma sociedade ciente de seus atos.