Enviada em: 31/10/2018

Várias foram as epidemias desencadeadas no século XX e as campanhas de vacinação conseguiram salvar a vida milhares de cidadãos. No passado, Oswaldo Cruz, médico sanitarista, conseguiu garantir a obrigatoriedade de imunização para a população brasileira. As problemáticas que envolvem a adesão dessa medida preventiva são escassez de informação e precariedade de controle.         A Revolta da Vacina, inicialmente, que ocorreu em novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro apresenta uma fotografia de como a sociedade sem acesso à informação pode produzir um ruído tão significativo ao ponto de que algo bom para a comunidade fosse tida como ameaça inerente. Dessa maneira, prover um ambiente aonde as informações corretas circulam nos mais variados grupos sociais e ajudam desmistificar possíveis equívocos e aumentar a adesão das pessoas a essa prática cidadã.       A ausência, outrossim, de um cadastro único dos vacinados dificulta a garantia da saúde da sociedade como um todo. Vale ressaltar que existe interesse da indústria farmacêutica em evitar que essa catalogação ocorra porque, representa uma redução significativa na venda de vacinas em excesso e de medicamentos para o controle de sintomas e cura das doenças que vigoram com a tomada de decisão de não se imunizar.   Os desafios, portanto, que envolvem essa temática requerem da sociedade uma atenção especial no que se refere à cidadania. Assim, o Ministério da Saúde deve fortalecer equipes multiprofissionais para ir nas escolas e garantir que a informação chegue ao interlocutor para que ocorra uma mudança significativa no que se refere aos adeptos a imunização de maneira ampla e irrestrita. Ademais, o Sistema Único de Saúde deve garantir um cadastro único dos vacinados e com isso realizar busca ativa dos faltosos nas campanhas de vacinação com o objetivo de reduzir o desperdício dos cofres públicos. Talvez, com medidas como essas a sociedade brasileira possa garantir transpor os desafios de se zelar pela saúde da população.