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Enviada em: 27/08/2018

Quando, na República Velha, a capital brasileira foi determinada a passar por uma reforma urbana, foi necessário a imposição da vacina obrigatória. Os cidadãos, desconhecendo o método, revoltaram-se e deram início a Revolta da Vacina. Embora o tempo tenha passado e o acesso à informação aprimorado, muitos brasileiros ainda possuem dúvidas sobre essa medida de prevenção, o que causa demasiada confusão e até mesmo problemas de saúde pública.       O recente surto de febre amarela fez a população procurar postos de vacinação, com filas que começavam a ser formadas pela madrugada.  Porém, casos de pessoas que foram imunizadas e tiveram fortes reações foram assunto na mídia, deixando todos com muitas dúvidas e, como resultado, alavancou-se o movimento antivacina. Embora seja fato que as vacinas são feitas com o microrganismo causador da doença, ele está presente atenuado ou inativo, para que assim haja estimulação do sistema imunológico. Diante do exposto, nota-se que o objetivo das práticas vacinais são positivos, mesmo que em casos isolados possa existir algum impasse.       Além disso, apesar do Estatuto da Criança e do Adolescente garantir os direitos de vacinação para os jovens, muitos pais deixam de vacinar seus filhos. Por mais que essa prática seja ilegal, está se tornando comum, mesmo com a punição para os pais, que podem, inclusive, perder a guarda da criança. Entretanto, é preciso perceber que essa negligência não é apenas causada por falta de informação, mas também por motivos religiosos ou até mesmo descaso da própria população que, por não ter presenciado grandes epidemias, não dão a devida importância em atualizar o cartão de vacinação.       Logo, é necessária uma grande mudança na questão da saúde no Brasil. Para que as pessoas se vacinem, elas devem entender como é o processo, ou seja, é indispensável o uso de campanhas que informem a população e, principalmente, incentive a busca por imunização. Ademais, a criação de postos de vacinação próximos das moradias é de grande benefício, uma vez que o indivíduo estará  perto do estabelecimento para ser vacinado, excluindo a necessidade de extensas locomoções. No caso de regiões mais humildes, é preciso dar demasiada atenção, com profissionais visitando residências para dar informação e garantir a vacinação. Assim, a população não precisará de uma nova Revolta da Vacina, pois perceberá que o ato de imunizar-se é saudável e de exímia necessidade, consequentemente, a possibilidade de novas epidemias será também apenas uma característica do passado.