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Enviada em: 28/08/2018

Desde de o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a enorme dificuldade de garantir a vacinação, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligado à realidade do país. Nesse sentido, convém analisarmos os fatores ao aumento dos desafios para a resolução do problema.   Primeiramente, é indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entra as causas. De acordo com o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a PEC 241 rompe com essa harmonia, haja vista que ela congela os gastos governamentais e por conseguinte menos dinheiro é disponibilizado para a área de saúde, propaganda e conscientização sobre vacinas.  Outrossim, destaca-se a desinformação sobre as vacinas como impulsionador do problema. Segundo o último ranking de educação do PISA, o Brasil está entre os 10 piores colocados em ciências e isso somado ao fato do aumento das falsas informações sobre vacina, garante a manutenção da dificuldade de vacinar - a pior taxa de vacinação em 12 anos - pelos dados do Programa Nacional de Imunização. Concluindo, as fake news amplamente divulgadas, principalmente entre pessoas com menor formação acadêmica, como por exemplo que vacinas causam autismo, acabam gerando um temor desnecessário na nova geração.    É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem melhorar a saúde pública. Destarte, o Ministério da Educação deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por médicos e cientistas, de modo que discutam o problema da não vacinação a fim de que os desafios para a solução da problemática sejam amenizados. Além da sociedade exigir a revogação da PEC 241.