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Enviada em: 01/10/2018

No ínicio do século XX, a capital do país Rio de Janeiro, enfrentava graves problemas de insalubridade e infraestrutura, fato que gerava a proliferação de doenças mortais por toda cidade. Porém, tudo isso mudou quando foi nomeado como Diretor Geral de Saúde Pública o médico e sanitarista Oswaldo Cruz, que respónsavel pela erradicação de doenças como varíola e peste bulbônica, revolucionou todo sistema de saúde no país. Atualmente, o Brasil é reconhecido mundialmente por seus programas gratuitos de vacinação, contudo, a queda das taxas de imunização, nos últimos cinco anos, vem acendendo um alerta, para o retorno de doenças já erradicadas. Dessa forma, é necessário avaliar as causas dessa baixa, para que as medidas adequadas sejam tomadas.        A priori, é preciso evidenciar que, segundo dados do Progama Nacional de Imunização(PNI), o Brasil se encontra, hoje, abaixo da meta de vacinação estabelecida pela Organização Mundial da Saúde. Tal fato, se deve, principalmente, a precarização do sistema de saúde nacional que, sugado pela corrupção, tem sua infraestrutura e recursos limitados, impedindo uma cobertura plena do país. Prova disso, são informações, também do PNI, que apontam pelo menos 300 cidades brasileiras sem nenhum tipo de ação profilática, facilitando ainda mais a propagação de doenças, sobretudo, nas regiões mais probres e precárias.         Ademais, outro obstáculo para as medidas de imunização é a difusão de "fake news" sobre o assunto. De fato, a explosão de inverdades demonizando as vacinas nas redes sociais atua diretamente no imaginário popular, que sem maiores informações quantos aos perigos reais de doenças como sarampo e poliomielite, fazem jus a famosa frase de Joseph Goebbels, chefe da propaganda nazista -"Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade", posto que famílias desistem de vacinar seus filhos por conta de correntes mentirosas. Desse modo, percebe-se que campanhas apenas convidando os cidadãos a receberem as doses, não surtem mais efeito, já que esses a temem, evidenciando a necessidade de mudanças na estratégia publicitária.         Portanto, fica clara a imprescindibilidade de uma reorganização do sistema público para enfrentar o problema. Primeiramente, faz-se necessário, pelo Ministério Público, a abertura de ums investigação quanto aos desvios de verba na saúde, analisando, por meio da Polícia Federal, as contas públicas. É essencial também, que Ministério da Saúde em parceria com a mídia televisiva ajude não só a desmentir mitos, mas conscientizar a população sobre a importância da vacinação, realizando campanhas e abordando o assunto em novelas e programas. Para que somadas, essa medidas retomem as taxas ideais de profilaxia e o legado de Oswaldo Cruz.