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Enviada em: 06/09/2018

Desvios de verbas públicas, furtos de vacinas, desabastecimento em postos de saúdes e a desenfreada propagação de "fake news", notícias falsas, nas mídias sociais. Dado o exposto, tem-se um panorama dos desafios enfrentados para garantir a vacinação dos brasileiros. Que, desde 2013, vem confrontando uma gradual queda na cobertura vacinal em todo país.       Segundo o Ministério da Saúde, os recursos destinados a vacinação eram de R$761,1 milhões, em 2010, e passaram para R$4,5 bilhões, em 2017. Entretanto, a Unicef afirma que até 2014, o alcance da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) era estável e próximo a 100%. Após isso, com um decaimento progressivo, atingiu, em 2017, apenas 85%. Ademais, em relação a imunização da poliomelite que, em 2015, estava acima de 95%, alcançou míseros 78,5% em 2017.       Sendo assim, pode-se apontar as causas dessa degeneração, como por exemplo, os índices apontados pela revista Exame, nos quais declaram que 70% dos esquemas de corrupção no Brasil afetam saúde. Bem como, os sucessivos roubos de vacinas em postos de saúde, sejam por funcionários transgressores ou por criminosos. Por consequência, vários municípios sofrem com o desabastecimento. Ainda por cima, a população brasileira com acesso às mídias sociais, depara-se diariamente com os famosos "fake news", notícias falsas, que  lançam boatos infundados sobre processo de imunização, com frases do tipo: "Vacina causa autismo".    Em virtude dos fatos mencionados, nota-se que são muitas dificuldades para assegurar a vacinação dos brasileiros. Portanto, faz-se necessária uma fiscalização mais rígida, realizada pelo Ministério da Saúde junto ao Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, sobre as verbas destinadas a vacinação e a sua utilização. Além disso, em combate as "fake news", o MEC deverá implementar matérias, na educação básica, que visem a alfabetização informacional e midiática.