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Enviada em: 04/09/2018

Em 1904, se fez presente a política sanitarista, ela consistia em garantir a vacinação dos brasileiros de forma obrigatória e violenta, isso porque a população não tinha conhecimento sobre tal ação e resistia à vacina. De maneira análoga ao acontecimento histórico, a questão da vacina é um problema recorrente no país, uma vez que, cerca de 3,3 milhões de crianças ainda não foram vacinadas contra o sarampo e poliomielite em 2018, de acordo com o Ministério da Saúde. Esse dado alarmante é consequência do descaso da população com a saúde e da ausência de recursos essenciais para a vacinação nos municípios, o que legitima o debate acerca do problema.    Em primeiro plano, é válido ressaltar os danos causados pela falta de pessoas dispostas a serem vacinadas nos postos de saúde. Isso é um problema porque, desde 2016, doenças que outrora foram erradicadas, começaram a atingir as pessoas não vacinadas. Além disso, segundo uma pesquisa feita pelo Leia Já, a taxa de vacinação da tríplice viral, que inclui sarampo, caxumba e rubéola, caiu 12.2% em 2017, o que mostra como a sociedade vem ficando exposta aos vírus. Desse modo, é notório como o descaso da população é um problema assustador que assola o Brasil, visto que, há manifestações antivacina que espalham “fake news” sobre o processo de vacinação e sobre viroses já erradicadas.    Outrossim, convém frisar que, a demora e a falta de planejamento junto com a má distribuição de recursos nas cidades mais afetadas pelos vírus, contribuíram diretamente com o avanço das doenças no país. Isso porque, segundo um estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas, em 2017, 777 casos de febre amarela foram registrados em alguns municípios que não foram tratados com prioridade ou receberam reforços de vacinas, o que levou a proliferação das viroses no Brasil.    Dessa forma, é evidente como a desvalorização da população com a saúde pública e a má gestão dos recursos para a vacinação são fatores importantes a serem sanados. Assim, é imprescindível que o Ministério da Saúde, em parceria com os meios de comunicação, promova palestras e campanhas a respeito da vacina para as comunidades locais, mostrando como a virose ataca o sistema imunológico e como isso pode levar a morte, incluindo dados de casos em que o vírus afetou a população. Assim, a população ficará mais consciente e começará a procurar mais os postos de saúde. Ademais, é dever do Governo Federal, junto com os Estados e municípios, garantir maior aporte de recursos epidemiológicos nas cidades, pois assim mais pessoas serão vacinadas impedindo que a população adoeça. Portanto, as campanhas de conscientização com os recursos essenciais serão suficientes no combate à disseminação das viroses.