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Enviada em: 01/09/2018

No início do século XX, a população do Rio de Janeiro se rebelou contra as medidas profiláticas introduzidas pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Cem anos depois da "Revolta da Vacina", ainda existem obstáculos à efetiva vacinação da população brasileira. Para compreender esse "museu de grandes novidades" e suplantar essa problemática, é preciso analisar a desinformação da sociedade e a falta de investimentos na saúde pública.       Em primeiro plano, observa-se que grande parte da população não reconhece a importância das vacinas. De acordo com a UNESCO, o Brasil ocupa a 88ª posição em um ranking com 127 países no que se refere à qualidade da educação. Nesse contexto, muitas pessoas, por não compreenderem a causalidade entre as vacinas e a prevenção de doenças, não se engajam nas campanhas de vacinação.        Além disso, percebe-se que a precária condição da saúde pública também exerce uma resistência à vacinação. Isso porque, pelos dados do Ministério da Saúde, há déficit de médicos da família no interior do Brasil. Esses profissionais são responsáveis por manter contato constante com os pacientes e instruí-los acerca das melhores práticas de saúde, como por exemplo a vacinação. No entanto, a carência desses médicos produz um quadro em que remediar acaba se tornando mais comum do que prevenir.       Sob essa perspectiva, nota-se que a ineficiência do poder público é um grande obstáculo para a vacinação dos brasileiros. Para combater esse quadro, é fundamental que o Ministério da Educação estimule debates nas escolas sobre as vacinas, por meio de palestras com especialistas, a fim de desenvolver uma consciência crítica entre os estudantes. Além disso, é fundamental que o governo aumente o número de profissionais de saúde no interior do país, por meio da criação benefícios salariais para estimular médicos e enfermeiros a se dirigirem a essas áreas. Dessa forma, contrariando a canção de Cazuza, o futuro deixará de "repetir o passado" e a vacinação será efetiva no país.