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Enviada em: 01/09/2018

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) defende como inalienável, o direito das crianças e adolescente à vacinação. Todavia, é notável que tal direito não vem sendo proporcionado efetivamente aos mais jovens,visto que muitos pais optam pela não vacinação de seus filhos e de si mesmos. Desse modo, observa-se como principais resistências à resolução  da problemática , a persistência das ideologias antivacinas e a ineficácia estatal nas campanhas de vacinação.       A priori, destaca-se a permanência de um pensamento arcaico e contrário por parte da população a respeito das vacinas. Essa idealização adversa é fruto de uma herança histórica pautada pela não educação da população sobre a real importância do método de profilaxia em relação a muitas doenças contagiosas. Foi pela ausência desse conhecimento a respeito do mecanismo vacinal, que em 1904, na cidade do Rio de Janeiro, ocorreu a grande revolta da vacina, onde pessoas saíram as ruas contrárias as campanhas do sanitarista Oswaldo Cruz. Por consequência da permanência de tais consciências coletivas, muitos indivíduos não procuram estar em dia com os cartões de vacinação assinados e só aumentam o risco de uma epidemia generalizada acontecer, evidenciando assim um grande desafio para o país.       Em segundo plano, se por uma lado existe uma resistência da população em se vacinar, por outro, existe uma ineficácia das ações estatais nas campanhas de vacinação. Isso se deve ao fato da contradição existente entre o aumento do orçamento destinado as campanhas de vacinação e o déficit da cobertura vacinal contra muitas doenças. A campanha de vacinação contra a poliomelite por exemplo, atingiu em 2017, segundo dados do Ministério da Saúde, uma cobertura vacinal de cerda de   77% da população de risco, enquanto que o ideal era de 95% de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Sendo assim, com a ineficácia das campanhas, doenças já erradicadas estão cada vez mais tendenciosas a retornar, como é o caso do surto de sarampo, logo, ações devem ser tomadas já.       Torna-se evidente, portanto, a imediata resolução dos problemas e o cumprimento dos direitos defendidos pelo ECA aos mais jovens. Nesse sentido, é dever do Ministério da Saúde em parceria com as escolas e as famílias, criar mutirões solidários e informativos sobre os riscos do retorno de doenças antigas, como a poliomelite e além disso, tirar dúvidas sobre as vacinas de modo a desconstruir antigas ideias e sensibilizar os pais a vacinarem seus filhos. Com tais medidas, os jovens terão seus direitos defendidos e a saúde pública estará imunizada ativamente.