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Enviada em: 03/09/2018

Segundo Schopenhauer, o sacrifício da saúde seria o maior erro a ser cometido pelo homem. Entretanto, percebe-se que ainda há descaso por parte de muitos brasileiros quanto às vacinações. Nesse contexto, surgem impasses na garantia desse processo de imunização, acarretados pelas falsas notícias que são disseminadas e pela redução dos investimentos por parte do governo.       Em primeira análise, cabe pontuar que no final da década de 1990, o médico Andrew Wakefield publicou uma pesquisa na qual relacionava a vacina tríplice viral a casos de autismo. Estudos posteriores destruíram tal hipótese, mas ainda hoje existem brasileiros que enxergam a imunização ativa como algo danoso. Não obstante, o aparecimento de pequenos sintomas, como a febre, acometidos após os procedimentos passaram a servir de estímulo ao movimento antivacina. Como consequência de tais atos, o Brasil tem apresentado os menores números de vacinação nos últimos anos, segundo o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e doenças antes erradicadas passaram a reaparecer.       Não bastasse a essa aversão por parte das pessoas, o Poder Público também reduziu investimentos nesse setor da saúde. Seja por um relativo acomodamento -já que muitas doenças letais estavam erradicadas- ou pela instabilidade política -uma vez que manter-se no poder tornou-se mais importante que a saúde da população-, a questão é que ao longo dos últimos anos as campanhas de vacinação foram reduzidas, bem como seus alcances. Por exemplo, várias cidades no extremo Norte do Brasil que já vêm apresentando dificuldades não apenas quanto a manutenção dos estoques de algumas vacinas, mas também quanto ao acesso, entraram em caos a chegada de venezuelanos contaminados por pólio, sarampo ou rubéola -por medo de contraírem doenças que nem puderam se vacinar-.       Posto dessa maneira, avulta-se a necessidade para atenuar a problemática aqui tratada. Para evitar a proliferação de falsas notícias e enfraquecer o movimento antivacina no Brasil, compete ao Ministério da Saúde por meio dos veículos midiáticos o papel de promover campanhas informativas com embasamento científico, para que os cidadãos não se sintam intimidados ao realizarem o processo de imunização ativa. Ademais, cabe a União destinar um maior orçamento ao setor da vacinação, para que todo o território nacional seja atendido, protegido e não corra risco de surto de doenças até então erradicadas. Tomadas a saúde da nação seria melhorada, evitando a progressão do "maior erro do do homem".