Enviada em: 02/09/2018

Em 1904, no governo de Rodrigues Alves, o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, passava por diversas reformas urbanas e sanitárias. O povo, desconhecendo o que seria vacina, rebelou - se à imposição feita de forma violenta, dando início à Revolta da Vacina. Mesmo após tanto tempo, ainda existe resistência da população quanto a esse método de imunização.                                                                                                              Notoriamente, grande parcela da população desconhece os benefícios da vacinação, seus efeitos e eficácia. Além dos mitos de possibilidade de contrair a doença após a vacinação. Apesar de campanhas, o tema precisa ser melhor abordado para que todos reconheçam a importância de manter suas vacinas em dia.                       A população brasileira culturalmente deixa seus problemas surgirem para somente depois buscar a solução. Isso acontece também quando falamos da saúde. Com o surto de febre amarela, foram divulgados diversos casos diariamente e apesar da possibilidade de vacinação em postos de saúde, em sua grande maioria, a população só buscou a imunização quando o foco ou caso divulgado parecia uma maior ameaça pela proximidade da localização.                A atuação ineficaz dos setores de saúde no país, tão suscetível a doenças tropicais e com desmatamento crescente, traz os vetores cada vez mais perto das áreas urbanas. Se faz necessário mudanças na atuação governamental em parceria com os municípios, mantendo postos de saúde abastecidos, garantindo a imunização para toda a população.                                                        Sem a instrução chegando à toda população, a vacinação continuará sendo uma obrigação que intensificada pela descrença no governo, garante a ineficiência da ação. Sendo assim, somente com melhor nivelamento das informações e atuação responsável de todos, seja do governo ou da população, alcançaremos a taxa essencial de vacinação de 95%, segundo o Programa Nacional de Imunização.