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Enviada em: 31/10/2018

A chamada "Revolta da Vacina" foi uma insurreição popular ocorrida no Rio de Janeiro no início do século XX. A revolta ocorreu como uma reação popular contra a campanha da vacinação obrigatória, posta em prática por Oswaldo Cruz, médico e sanitarista brasileiro. No Brasil hodierno, a crescente aversão à vacinação se explica não apenas pelas fake news espalhadas nas redes sociais, mas também, pelo distanciamento do brasileiro em relação às doenças até então controladas, o que configura um sério problema nacional. Em primeira instância, é importante destacar o crescente número de fake news espalhadas pelas redes sociais na atualidade. Uma pesquisa da MIT (Massachussetts Institute of Technology), concluiu que a probabilidade de uma notícia falsa ser compartilhada, é 70% maior que uma notícia verdadeira. Com isso, a disseminação de notícias falsas, agrava o cenário de vacinação, causando uma preocupação por parte dos pais atingidos por falsas informações, explicando então, os decrescentes números de recém nascidos vacinados. Além do já exposto, outro fator para o enfraquecimento da campanha de vacinação, pode ser explicado pelo distanciamento da população com as doenças. No Brasil, a varíola e poliomielite, foram controladas ainda antes do século XXI. A desinformação por parte da população sobre os surtos, não apenas causa um comodismo excessivo, mas também uma despreocupação para com os futuros efeitos na sociedade, efeitos que a longo prazo, podem surgir com a volta das epidemias no território nacional. Portanto, é fato que as crescentes fake news e o distanciamento da população, podem contribuir para o menor sucesso na vacinação da população. Destarte, o Governo Federal em parceria com a mídia, deve atuar na propagação de notícias de conscientização, que expõem os danos irreversíveis à saúde que estas doenças podem causar. Além disso, o Ministério da Saúde deve atuar diretamente no investimento de ações para a vacinação que possam agir em todo o território brasileiro, com a criação de postos de vacinação em lugares mais remotos. Para que assim, a população compreenda a importância das vacinas e tenha todos os meios para usufruir deste direito público e não correr o risco da volta das temidas epidemias do século XX.